Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
ARAUJO, Elisângela Lira de Lima |
Orientador(a): |
LEAL, Luciana Pedrosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32991
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Resumo: |
A autoeficácia materna para amamentar é um fator psicossocial modificável que caracteriza a percepção da mulher acerca da própria capacidade de alimentar sua criança. Vários fatores podem interferir na lactação e motivação materna para amamentar, podendo levar ao desmame precoce. A autoeficácia influencia diretamente o início e continuidade da amamentação exclusiva pelos seis primeiros meses de vida da criança. Este estudo objetivou avaliar os fatores associados à autoeficácia materna para amamentar no último trimestre gestacional e nos dois primeiros meses pós-parto, e sua repercussão no aleitamento materno exclusivo. Estudo transversal, analítico, que analisou dados coletados nas Unidades Básicas de Saúde do Distrito Sanitário IV, Recife, Pernambuco. A amostra constituiu-se de 109 mulheres entrevistadas presencialmente no último trimestre gestacional e por telefone aos 15, 30 e 60 dias pós-parto. Para coleta de dados foi utilizada a Breastfeeding Self-Efficacy Scale-Short Form e formulários referentes às variáveis socioeconômicas, maternas, de história do parto e alimentação da criança. A análise foi realizada por meio de software estatístico. A associação da autoeficácia com as variáveis independentes foi avaliada pelo teste Qui-quadrado ou teste Exato de Fisher. Para averiguar a associação da autoeficácia para amamentar e o aleitamento materno exclusivo aos 15, 30 e 60 dias pós-parto foram calculados os riscos relativos e os respectivos intervalos de confiança. A regressão de Poisson com variância robusta investigou a influência das variáveis sociodemográficas, maternas, de nascimento, alimentação da criança e a autoeficácia materna para amamentar, estimando-se as razões de prevalência e os respectivos intervalos de confiança. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco. Os resultados evidenciaram que a maior prevalência de alta autoeficácia foi encontrada aos 15 dias pós-parto (90,8%). Mulheres com alta autoeficácia aos 15 e 30 dias pós-parto apresentaram maiores prevalências de aleitamento materno exclusivo, com RR de 1,52 e 4,78, respectivamente. As variáveis significativamente associadas com a alta autoeficácia foram: no último trimestre gestacional - receber o auxílio bolsa família (p-valor=0,002), primiparidade (p-valor=0,006), experiência anterior com amamentação (p-valor<0,001) e tempo de amamentação exclusiva do filho anterior ≥180 dias (p-valor=0,024); aos 15 dias pós-parto - escolaridade materna >9 anos (p-valor=0,012), orientação sobre amamentação no pré-natal (p-valor=0,020), participação em intervenção educativa individual sobre amamentação (p-valor=0,004), superar dificuldades para amamentar antes da alta hospitalar (p-valor=0,092) e não usar mamadeira (p-valor=0,025); aos 30 dias pós-parto - receber o auxílio bolsa família (p-valor=0,030), satisfação materna com amamentação (p-valor=0,028) e não usar chupeta (p-valor=0,023); Aos 60 dias pós-parto - receber o auxílio bolsa família (p-valor=0,010), satisfação materna com amamentação (p-valor=0,014), participação em intervenção educativa individual sobre amamentação (p-valor=0,014) e não usar mamadeira (p-valor=0,007). Conclui-se que os fatores que influenciam a autoeficácia para amamentar são diferentes ao longo tempo e repercutem significativamente na adesão a amamentação exclusiva. O planejamento e execução de ações educativas voltadas à promoção, proteção e apoio à amamentação realizadas pelo enfermeiro, devem ser pautados nos determinantes da autoeficácia para amamentar nos diferentes períodos do processo de amamentação desde a gestação. |