Rede de significados sobre sofrimento psíquico no contexto da atenção psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SOBRAL, Mariana Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35233
Resumo: A loucura é considerada um objeto social polissêmico, que ao longo dos anos vem passando por processos de construção de conhecimento ao seu respeito e tentativas de ressignificação. Nesse processo, a reforma psiquiátrica brasileira tem um importante papel, pois desde a década de 1980 tem lutado para devolver aos sujeitos em sofrimento psíquico o direito ao cuidado humanizado, no território e respeitando seus direitos como cidadãos e seres humanos. Dentre as mudanças propostas por esse movimento, está o cuidado a partir da perspectiva psicossocial, no qual a família passa a ser também corresponsável junto aos serviços de atenção à saúde mental, uma vez que os usuários não se encontram mais afastados e presos nos Hospitais Psiquiátricos. Nesse sentido, entendemos a importância da família nesse novo modelo de atenção psicossocial. O presente estudo teve como objetivo analisar a rede de significados em torno do parente usuário de CAPS e seu sofrimento psíquico, no contexto da atenção psicossocial. Para isso, foram realizadas entrevistas narrativas com seis familiares identificadas enquanto responsáveis pelo acompanhamento do seu parente junto ao serviço. Como estratégia metodológica, foi elaborada análise temática de conteúdo para posterior análise e discussão com as teorias apresentadas. Concluímos que este é um processo em curso e que apresenta a dependência como significante central nesta rede construída sobre o objeto representado, apontando a permanência dos significados em torno de um sujeito que é ainda manicomial. Este fator tem orientado práticas de cuidado para com a pessoa em sofrimento psíquico e resultado em consequências na vivência com e para o sujeito usuário. Diante disso, identificamos a necessidade de pensar estratégias que possibilitem enfrentar o desafio que é a mudança no status do sofrimento psíquico.