Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Danyelle Almeida de |
Orientador(a): |
PEDROSA, Maria Isabel Patrício de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33102
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Resumo: |
Com esta tese objetiva-se perscrutar a ontogênese das representações sociais sobre o(a) velho(a) e a velhice em crianças com idades entre três e cinco anos. Parte-se do interesse em explorar os processos envolvidos na apreensão e construção de conteúdos sociais por crianças, compreendendo que elas assumem um lugar de sujeitos ativos em seu percurso desenvolvimental. O trabalho insere-se, portanto, na interseção entre a Psicologia do Desenvolvimento e a Psicologia Social, por considerar tanto as características do processo ontogenético da criança, quanto as manifestações de fenômenos sociais nessa etapa de vida. A coleta de dados foi realizada em duas instituições públicas de educação infantil da cidade do Recife-PE. Sessenta crianças, divididas em grupinhos de três, foram convidadas a participar de uma atividade lúdica nomeada de oficina “Máquina do Tempo”. Também foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais com as crianças que participaram da brincadeira e com algumas outras que estiveram presentes no dia desta atividade. A oficina contava com uma “máquina” – objeto feito de papelão e coberto com papel alumínio que se assemelhava a uma grande caixa com duas portas. Ao passarem pela máquina, as crianças, “de mentirinha”, transformavam-se em velhos e, portanto, iam brincar de ser velhos ao saírem da máquina, durante 10 minutos, com alguns objetos disponíveis na sala. Antes disso, conversava-se com elas para introduzi-las no tema da brincadeira, inclusive, propunha-se-lhes uma atividade de classificação de 15 figuras ilustrativas de diferentes momentos do desenvolvimento humano. As crianças foram instruídas a classificar as figuras em três casas, desenhadas em uma grande folha de papel, cada uma referente a uma categoria geracional (crianças, adultos e velhos). Todo esse momento foi registrado em vídeo. As entrevistas foram realizadas com as crianças nos dias subsequentes ao de sua participação nas oficinas. Para a análise da atividade de classificação, as escolhas das crianças foram convertidas em tabelas, contabilizadas e submetidas a um tratamento estatístico. As brincadeiras, após a máquina, foram analisadas a partir de uma perspectiva microgenética, com foco na interação das crianças. As entrevistas foram examinadas com base na análise categorial temática de conteúdo. Os resultados foram organizados em dois eixos principais. No primeiro, exploram-se as relações entre a pertença ao grupo de crianças (nós) e de distinção dos demais (outros), a partir de uma significativa maior habilidade em discriminar figuras que representam seu próprio grupo geracional, as crianças. No outro eixo apresentam-se as ideias associadas ao velho e à velhice, alçadas das brincadeiras e das entrevistas, buscando-se explorar os processos subjacentes e as especificidades assumidas pela objetivação e ancoragem. Os resultados evidenciam elementos e processos constituintes tanto do desenvolvimento das representações sociais sobre esses objetos (velho/velhice), quanto da ontogênese de seu reconhecimento individual e social. Com relação aos procedimentos metodológicos, considera-se que eles se mostraram adequados à proposta pretendida. |