Avaliação da implementação da Política Nacional de Humanização em um serviço de oncologia do Recife-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ARAÚJO, Amanda de Azevedo
Orientador(a): SILVA, Arthur Leandro Alves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Politicas Publicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36818
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção de pacientes oncológicos, profissionais e gestores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco a respeito da implementação da Política Nacional de Humanização da Saúde (PNH). Criada em 2003 com objetivo de colocar em prática os princípios do Sistema Único de Saúde no cotidiano dos serviços de saúde, a PNH produziu mudanças nos modos de gerir e cuidar, com caráter transversal, desde o planejamento até as ações de promoção, prevenção e reabilitação. É sabido que, além dos problemas relativos à doença, o paciente oncológico passa por uma série de dificuldades de cunho social, familiar e emocional. Visto que é comum a permanência por longos períodos de internamento, o cuidado humanizado se faz de suma importância para o enfrentamento das fragilidades destes pacientes. Para alcançar o objetivo proposto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, com entrevistas semiestruturadas, entre julho e setembro de 2019. Participaram 22 pacientes, 14 profissionais de saúde do serviço de oncologia e 3 gestores do hospital. Foi realizada análise de conteúdo e buscou-se identificar as concepções desse público, em cruzamento com o modelo de avaliação proposto por Donabedian (1980). Os resultados indicaram que apesar da implementação da PNH não fazer parte da agenda prioritária da gestão do hospital, os aspectos relacionados aos princípios e diretrizes propostas pela política se faziam presentes no cotidiano do serviço como resultado de um esforço dependente de cada profissional em conduzir a assistência. Deve-se levar em consideração a presença de elementos mediadores capazes de influenciar a opinião dos usuários, tais como: condições socioeconômicas, e as experiências prévias com outras instituições. Visto que o serviço de oncologia é considerado setor prioritário pela gestão na instituição devido as condições de vulnerabilidade dos pacientes, sugere-se que mais estudos sejam capazes de aprofundar a temática no âmbito do hospital das clínicas como um todo.