Prevalência de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados em adultos num aglomerado urbano subnormal de Recife (PE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FERREIRA, Lisianny Camilla Cocri do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18053
Resumo: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) se destaca como uma condição clínica multicausal caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Considera-se para tal, valores de PA maiores ou igual a 140/90 mmHg. A hipertensão arterial tem alta prevalência no Brasil e no mundo, sendo considerada um dos maiores problemas de saúde pública. Há uma estreita associação entre a HAS não tratada (60 a 80%) e as doenças cardiovasculares que apesar de sua diminuição, continuam sendo a maior causa de mortalidade no país, com destaque para as doenças cerebrovasculares (32%) e doença cardíaca isquêmica (30%). Alguns fatores podem estar ligados a hipertensão, tais como a idade, genética, excesso de peso, entre outros. Diante disso, o objetivo geral desse trabalho foi o de determinar a prevalência e identificar os fatores associados à hipertensão arterial sistêmica em adultos residentes em um aglomerado urbano subnormal, assistidos pela Estratégia de Saúde da Família em Recife (PE). Para tal, foi realizado um estudo transversal num aglomerado urbano subnormal, utilizando o banco de dados da pesquisa “Saúde, nutrição e serviços assistenciais numa população favelada do Recife: um estudo "baseline"”, localizado na Comunidade dos Coelhos. A amostra foi composta por 663 adultos, com idades entre 20 e 59 anos. Os dados relativos às variáveis socioeconômicas, ambientais, biológicas, comportamentais, antropométricas e bioquímicas (morbidade) foram coletados através de questionário estruturado. A PA foi medida duas vezes utilizando-se tensiômetro automático. Aqueles que apresentaram PA sistólica ≥140 mmHg e/ou PA diastólica ≥90 mmHg e/ou sob utilização de medicamento anti-hipertensivo, foram considerado com HAS. A análise dos dados foi efetuada com a utilização dos programas estatísticos SPSS para Windows (versão 10.0) e Stata versão 7.0. A associação dos possíveis fatores preditivos da HAS foi avaliada pelo teste de qui-quadrado de Pearson. As variáveis que apresentarem nesta análise um valor de p<0,20 foram selecionadas para o modelo multivariado (regressão de Poisson) seguindo um modelo hierarquizado para entrada das variáveis, considerando um nível de significância de 5%. A prevalência de HAS encontrada foi de 36,95%. Os fatores associados à HAS após os ajustes foram: a idade nas faixas etárias de 30-39 anos (RP= 2,16, IC95% 1,11-3,58, p=0,007)/ 40-49 anos (RP= 3,31, IC95% 1,95-5,63, p<0,001)/ 50-59 anos (RP= 5,01, IC95% 1,67-5,25, p<0,001); sobrepeso (RP= 1,59, IC95% 1,09-2,31, p=0,014), obesidade (RP= 2,16, IC95% 1,51-3,08, p<0,001) e triglicerídeos ≥ 150 mg/dL (RP= 1,54, IC95% 1,12-2,08, p=0,006). Tendo em vista a escassez de trabalhos em aglomerados urbanos subnormais, faz-se necessário à realização de mais estudos nessa população visando identificar a real situação de saúde; bem como a organização, planejamento e monitoramento constantes das práticas de saúde que almejem o enfrentamento do agravo com eficácia na população afetada pela HAS, reduzindo assim a incidência e o impacto das DCNTs.