Atividade elétrica dos músculos extrínsecos da laringe em sujeitos com e sem disfonia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: BALATA, Patricia Maria Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12592
Resumo: Embora a eletromiografia de superfície seja empregada para diagnóstico e seguimento de disfunções, há uma lacuna de conhecimento quanto à atividade da musculatura extrínseca supra e infra-hioidea da laringe na fonação. O objetivo principal foi comparar os parâmetros da atividade elétrica dos músculos extrínsecos da laringe de sujeitos com disfonia, comparados àqueles não-disfônicos, por meio da eletromiografia de superfície. Para tanto, buscou-se revisar o uso da eletromiografia de superfície na avaliação da atividade elétrica da musculatura extrínseca da laringe durante a fonação, a partir de publicação entre 1980 e 2012; identificar as manobras musculares a serem empregadas para normalização da atividade elétrica da máxima contração voluntária sustentada; determinar outros padrões de normalização da atividade elétrica dos grupos musculares supra e infra-hioideos em indivíduos não disfônicos durante a fonação e comparar essas atividades elétricas entre disfônicos e não disfônicos. Realizou-se estudo prospectivo, de corte transversal, tipo série de casos, triplo cego, com comparação de grupos aleatorizados, em três fases, a partir da avaliação do padrão vocal e de parâmetros eletromiográficos de 72 sujeitos, que compareceram à Divisão de Reabilitação do Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco, no período de fevereiro a novembro de 2012, e obedeciam aos critérios de inclusão. Foram critérios gerais de inclusão: idade a partir de 18 anos, independente de sexo, e concordância em ser submetido às avaliações fonoaudiológicas e eletromiográficas. Admitiu-se como critério de inclusão, no artigo de comparação entre grupos disfônico e não disfônico, ter idade entre 28 e 57 anos. Identificaram-se as manobras musculares de deglutição incompleta com esforço e língua retraída com boca entreaberta para normalização do sinal nos grupos musculares supra e infra-hioideos, por fornecerem maiores potenciais elétricos, menores coeficientes de variação e de valor de p, respectivamente iguais a 56,73±8,68 com coeficiente de variação de 15,30%, no grupo supra-hioideos, e 46,57±7,83 com coeficiente de variação igual a 16,81%, no infra-hioideos, admitidas como referência para normalização do sinal eletromiográfico de superfície da máxima atividade voluntária sustentada dos músculos extrínsecos da laringe. Outros padrões de normalização da atividade elétrica dos grupos musculares supra e infra-hioideos em indivíduos não disfônicos durante a fonação, foram o pico da vogal // (potenciais médios iguais a 43,31±2,97 para infra-hioideo direito, 36,27±2,76 para o esquerdo e 42,11±2,57 para supra-hioideo) e emissão da contagem de 20 a 30 (potenciais médios iguais a 31,30±3.08 para infra-hioideo direito, 30,56±2,76 para o esquerdo e 30,43±4,22, para supra-hioideo), ambos em intensidade habitual, como padrões com menores coeficientes de variação, bem como a máxima atividade sustentada como segunda opção. Comparados aos sujeitos não disfônicos, os disfônicos apresentaram médias de atividade elétrica normalizada pela máxima atividade sustentada significantemente menores nas emissões sustentada da vogal // e na contagem de 20 a 30, em intensidade habitual e forte, bem como no repouso vocal, no grupo suprahioideo; menores diferenças entre as emissões fortes e habituais dessas tarefas nos grupos musculares supra e infra-hioideo, na contagem, e no grupo supra-hioideo, na emissão sustentada da vogal //, bem como atividade elétrica decrescente com o maior grau de disfonia avaliado pela variável G da escala GRBASI