Poder e violação de direitos humanos no discurso neopentecostal: uma análise da atuação político-midiática de Silas Malafaia e Marco Feliciano nas redes sociais online

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: AMORIM, Andrea de Lima Trigueiro de
Orientador(a): PATRIOTA, Karla Regina Macena Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29097
Resumo: Neste trabalho analisamos o movimento neopentecostal, desde suas origens nos Estados Unidos até o seu crescimento exponencial no Brasil, e sua atuação midiática e política no País, desenvolvendo o histórico desse avanço até desembocar nas redes sociais online, onde centramos a análise. Contextualizamos o discurso desse grupo religioso dentro de um projeto de poder e verificamos os saberes sujeitados ou marginalizados pela produção de suas verdades discursivas, pontuando a existência de violações de direitos humanos e abordando os mecanismos sociodiscursivos que permitem e validam a existência destas. Como recorte, partimos das contas mantidas no Twitter e Facebook por dois dos maiores líderes do movimento no país, o pastor Silas Malafaia e o deputado Marco Feliciano. Para compor o arcabouço teórico-metodológico, recorremos a Mariano (1995; 2004; 2006), Machado (2010), Patriota (2004; 2008), Cunha (2011), Gondim (1993) e Matos (2008); Campos (2004), Vasconcelos (2014), Cunha (2004), Patriota (2008) e Martino (2014; 2016); Freston (1993), Oro (2008) e Rabat (2010); Michel Foucault (1999; 2001; 2005; 2008; 2013), Agamben (2005), Pelbart (2001) e Moreira (2015); e Bobbio (1992), Mbaya (1997) e Espiell (1986). Como resultado da análise, percebe-se que o neopentecostalismo se funda em um projeto de poder religioso, com viés político e econômico, que, se de um lado confere mais liberdade aos fiéis de credo protestante, de outro, a partir dos porta-vozes analisados, tem afetado as estruturas democráticas e tendo sido, também, catalisador de violações de direitos de grupos, sobretudo, ligados a direitos das mulheres, da população LGBT, população em conflito com a lei e grupos favoráveis à regulamentação das drogas, tendo as redes sociais online e bolhas de filtro como ferramentas de propagação de sua atuação.