Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
ALVES, Simone da Paz Leôncio |
Orientador(a): |
SOUZA, Ivone Antônia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42895
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Resumo: |
Embora muitas plantas tenham seu valor medicinal reconhecido, que está em constante comprovação científica, a cultura popular colabora com o uso indiscriminado de plantas medicinais no contexto da automedicação, exigindo o estudo de seus constituintes, o mecanismo de ação terapêutica e a identificação de princípios ativos responsáveis pelas diversas atividades biológicas relatadas pela população (FORD et al., 2014). Neste contexto temos a família Capparidaceae cujas espécies têm amplas propriedades terapêuticas. No nosso estudo, destacamos a C. tapia, que diferente das outras espécies da família Capparaceae, obtivemos o processo de extração de pectina a partir das folhas, o que ainda não havia tido relatos na literatura de seus efeitos terapêuticos divulgados à comunidade Científica. Crataeva tapia é uma espécie arbórea encontrada no semiárido brasileiro, na vegetação da Caatinga em áreas de rochas cristalinas, em áreas sedimentares e em matas ciliares. Pertence à Ordem Brassicales, Família Capparaceae (LORENZI, 2008; APG III, 2009; MORO, 2014). Objetivo: Este estudo visou isolar a pectina das folhas de Crataeva tapia, ainda não relatada na literatura e avaliou seu perfil antioxidante, citotóxico e imunomodulador. Metodologia: A pectina das folhas da Crataeva tapia, foi extraída em três etapas, solvente orgânico seguido de água acidificada e precipitação em etanol. Com a pectina obtida, foram realizadas análises composicionais e espectroscópicas (ATR / FTIR e 1H NMR), foram realizadas então as atividades antioxidantes (DPPH, ABTS, TAA e NO), além de avaliadas in vitro as atividades citotóxicas, imunomoduladora e imunofenotipagem (análise por citometria de fluxo) em cultura de PBMC. Resultados: as análises físicas e químicas mostraram sinais característicos de pectina de baixo teor de ácido galacturônico (37 ± 1,0%) e conteúdo de cinzas (1,5 ± 0,0%) e umidade (6,75 ± 0,1). Os testes de atividade antioxidante mostraram que a pectina apresentou capacidade moderada para o Testes ABTS, DPPH, TAA e NO, 41,16 ± 0,30, 25,9 ± 0,01 e 20,4 ± 0,2 e 7,6 ± 1,9% na concentração de 0,5 mg / mL, respectivamente. Além disso, a pectina não afetou a viabilidade da cultura de PBMC nas concentrações em estudo (2,5 a 80 μg / mL), sendo também capaz de promover a produção de citocinas IL-6, IL-10 e TNF-α e induzir a ativação de uma resposta CD8 + significativa. Conclusão: Este estudo mostrou que a pectina de Crataeva tapia é um potencial agente terapêutico devido às suas diferentes atividades antioxidantes e biológicas, promovendo um perfil pró-inflamatório em culturas de PBMC humanas. |