Avaliação das atividades antioxidante e cicatrizante in vitro dos extratos das folhas de Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D. Penn

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Michelly Rodrigues Pereira da
Orientador(a): SILVA, Teresinha Gonçalves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46248
Resumo: Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.), conhecida popularmente como quixabeira, é uma planta típica das regiões do Cerrado brasileiro, sendo encontrada também no bioma Caatinga. A sua casca é usada pelas comunidades tradicionais para o tratamento de úlcera, gastrite, azia, inflamação ovariana e como cicatrizante. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade aguda, citotoxicidade e as atividades antioxidante e cicatrizante in vitro dos extratos brutos das folhas de Sideroxylon obtusifolium. Foram obtidos os extratos acetato de etila (EASo), etanólico (EESo) e metanólico (EMSo) das folhas de S. obtusifolium. As principais classes de metabólitos secundários presentes nos extratos foram identificadas por cromatografia em camada delgada (CCD). A atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos fosfomolibdênio DPPH, ABTS e eliminação dos radicais superóxido (SOD), enquanto a atividade cicatrizante foi avaliada através da migração celular. A citotoxicidade foi feita em hemácias murinas e fibroblastos L929. A toxicidade aguda foi feita segundo as normas da OECD 2001. A CCD apontou a presença de taninos hidrolisáveis, flavonoides, terpenoides/esteroides, mono e sesquiterpenos. Na atividade antioxidante, todos os extratos apresentaram relevante atividade em relação aos controles, tendo o EMSo alcançado o melhor resultado de CI50 no método DPPH (95,70 ± 5,31 μg/mL), enquanto o EESo teve melhor desempenho nos demais modelos. Na atividade citotóxica, os extratos de S. obtusifolium não alteraram significativamente a viabilidade dos fibroblastos L929 nem causaram hemólise. Na atividade cicatrizante in vitro, o teste de migração celular demonstrou um aumento na taxa de confluência dos fibroblastos que receberam EESo nos tempos 8, 10, 12 e 24 h e do EMSo nos tempos 10 e 12 h em relação ao controle. No teste de toxicidade aguda, a DL50 do extrato etanólico de S. obtusifolium foi superior a 2000 mg/kg. Foi observado o aumento no ganho de massa corporal dos animais do grupo tratado, além de alterações na massa dos órgãos (fígado e baço) e dos parâmetros hematológicos (hemácias, hematócrito e CHCM). A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que os extratos brutos de S. obtusifolium apresentaram atividade antioxidante e cicatrizante in vitro. Além disso, a espécie apresentou baixa toxicidade in vitro e in vivo.