Desenvolvimento da forma farmacêutica injetável a partir da β-lapachona e ensaios preliminares in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Conrado Haun, Youssef
Orientador(a): José Rolim Neto, Pedro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3653
Resumo: A β-lapachona (C15H14O3, MM 242,3), de nome químico 3,4-dihidro-2,2-dimetil-2H-naftol[1,2-b]pirano-5,6-diona, é uma ortonaftoquinona de ocorrência natural proveniente do ipê roxo, ou pau d arco roxo (Tabebuia avellandae Lor), da família Bigoneaceae. A β-lapachona tem sido alvo de diversas pesquisas, muitas delas visando explorar seu elevado potencial antineoplásico. Atuando contra diversos tipos de câncer humano, especialmente em neoplasias de ciclo celular muito lento, como determinadas linhagens de câncer de próstata que são refratárias aos tratamentos convencionais, especula-se que sua ação se dê por um mecanismo particular de apoptose. A principal barreira no desenvolvimento de uma forma farmacêutica aceitável tem sido sua baixa solubilidade aquosa, o que possivelmente acarretaria numa baixa biodisponibilidade. O presente estudo teve como objetivo executar estudos de solubilidade da β-lapachona em diferentes solventes farmacêuticos, bem como promover sua complexação com ciclodextrinas, para alcançar uma série de formulações que pudessem ser utilizadas em ensaios pré-clínicos. Embora o processo de complexação tenha sido bastante demorado, a utilização de ciclodextrinas mostrou-se como uma opção farmacotecnicamente viável, uma vez que resolvido o problema de baixa solubilidade aquosa, há um possível aumento na biodisponibilidade da β-lapachona. As formulações alcançadas foram doseadas através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), por uma metodologia analítica previamente validada, e duas delas foram eleitas para serem utilizadas nos ensaios in vivo: β-lapachona complexada com cilcodextrina em água e β-lapachona livre incorporada em óleo de gergelim, ambas com 2% do ativo e administradas por duas vias distintas: oral e intramuscular. Os resultados demonstraram que a resposta farmacológica à β-lapachona complexada é significativa, porém, as formulações ainda necessitam ser otimizadas