Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
ARAÚJO, Flávia Barbosa de Santana |
Orientador(a): |
SUASSUNA, Lívia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12840
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Resumo: |
Em nossa vivência docente percebemos que, no Ensino Médio, quando a avaliação da oralidade acontece, ela se dá na maioria das vezes de forma assistemática e baseada numa prática “escolarizada” dos gêneros textuais orais. Assim, em nossa pesquisa, procuramos responder à seguinte pergunta: Como os professores avaliam o aprendizado da oralidade de seus alunos durante as aulas de Língua Portuguesa do Ensino Médio? Nossos objetivos eram, mais especificamente: 1) investigar como os professores concebem o ensino e a avaliação da oralidade; 2) identificar as metas de aprendizagem para a oralidade apontadas no planejamento; 3) analisar a execução, em sala de aula, de atividades de avaliação da oralidade, notadamente os procedimentos, instrumentos e critérios utilizados. Levantamos a hipótese de que a avaliação da oralidade ainda é pouco presente nas aulas de língua portuguesa do Ensino Médio, e quando ela acontece, é feita de forma pontual e assistemática, geralmente a serviço da aprendizagem de outros conteúdos, caracterizando uma avaliação predominantemente tradicional. Para fundamentar teoricamente nossa pesquisa, utilizamo-nos dos estudos de diversos autores, dentre os quais podemos citar Marcuschi (2010), Castilho (2011), Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), Schneuwly (2004), Melo e |Cavalcante (2007, 2012) e Suassuna (2007a, 2007b). A fim de satisfazer nossos objetivos, e também por se tratar de uma pesquisa no campo educacional, optamos por uma pesquisa qualitativa com estudo de casos múltiplos. Inicialmente aplicamos questionários para identificar professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio que trabalhavam com gêneros orais. Após a aplicação dos questionários, entramos em contato com os professores para realizar entrevistas e, diante do consentimento da maioria, escolhemos cinco para serem entrevistados. Dentre esses, escolhemos os dois que tivessem um perfil acadêmico-profissional mais semelhante, e chegamos aos professores Sílvio e Kássia. As turmas observadas foram um 1º ano (Sílvio) e um 3º ano (Kássia). Antes das observações, solicitamos a ambos a entrega de seus planejamentos, que, no caso, era o currículo da rede estadual de ensino de Pernambuco, documento contemplado em nossa análise. Na análise das observações discutimos as atividades com gêneros orais realizadas, os instrumentos e critérios avaliativos referentes a esses gêneros e as concepções de avaliação da oralidade imbricadas nas práticas dos dois docentes. A análise de dados nos levou a concluir que ambos realizavam práticas avaliativas sistemáticas de oralidade, tendo critérios e instrumentos claros para a avaliação. Porém, o professor Sílvio realizou uma avaliação predominantemente formativa, através do trabalho com uma sequência didática em que o acompanhamento dos alunos foi constante, ao passo que a professora Kássia realizou uma avaliação pontual (focada na verificação de aprendizagens), a qual estava a serviço da aprendizagem de outros conteúdos, caracterizando uma avaliação mais voltada ao paradigma tradicional. Dessa forma, ressaltamos a urgência de mais pesquisas nessa temática, para esclarecer alguns dados que a nossa pesquisa não tenha conseguido contemplar. |