Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Diego Souza de |
Orientador(a): |
CARIBÉ, Yuri Jivago Amorim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54316
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a obra Contos negreiros, publicada em 2005, do escritor pernambucano Marcelino Freire, sob o viés dos Estudos Subalternos e da Teoria Queer. A proposta foi a de interligar personagens da obra a grupos sociais marginalizados, a fim de demonstrar de que modo comunidades subalternizadas podem falar por intermédio da literatura de Freire. Seguindo nessa direção, procurou-se colaborar com estudos sobre o tema da subalternidade na escrita literária, propondo hipóteses acerca da fala de comunidades excluídas a fim de perceber seu poder de representatividade. Inicialmente, esta pesquisa utilizou trabalhos do campo dos Estudos Subalternos e Queer, tendo como destaque Gramsci (2002) e Spivak (2010) e seus conceitos de hegemonia e subalternidade. Para Spivak (2010), o subalterno tem como condição inerente o silêncio, pois existe contra ele uma série de barreiras que o impedem de falar e de ser ouvido. Além disso, este estudo trouxe a problemática em torno da Teoria Queer, com destaque para a relevância dos trabalhos de Anzaldúa (1987) e Louro (1997). Esta última explica que o conceito de queer serve para definir uma maneira de desafiar as normas que regulam a sociedade. Nesse sentido, buscando reconhecer as vozes heterogêneas dos sujeitos subalternos em Contos negreiros, contou-se com o aporte teórico de estudos acerca da personagem literária, em que foram caras as contribuições de Candido (2000) e Brait (1985). Assim, deu-se atenção às personagens que habitam a obra de Freire, uma vez que são responsáveis por resgatar as vozes das periferias do Brasil. Dentre essas, encontram-se homossexuais, analfabetos, ladrões, prostitutas, crianças abusadas, índios explorados e pessoas negras. Além dessas problemáticas, ainda emergem o turismo sexual e o tráfico de órgãos e de pessoas. Esta pesquisa selecionou cinco contos da referida obra (Freire, 2005) para análise, sendo eles Trabalhadores do Brasil, Solar dos príncipes, Vaniclélia, Totonha e Coração. A proposta foi discuti-los a partir dos conceitos apresentados, em uma tentativa de verificar como as personagens de Freire (2005) corroboram com a luta decolonial, já que, nesta pesquisa, acredita-se que esses contos sejam capazes de fazer com que o leitor observe as narrativas freireanas pelo viés daqueles que nunca puderam contá-la. Por fim, pode-se afirmar que a criação de personagens subalternas e queer na literatura brasileira contemporânea pode servir como um reforço positivo na batalha contra a subalternização dos sujeitos periféricos. |