Demência associada ao HIV em idosos: estudo seccional na cidade do Recife, Brasil e revisão de literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Fernandes Filho, Sérgio Murilo Maciel
Orientador(a): Melo, Heloísa Ramos Lacerda de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1313
Resumo: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus cuja infecção apresentase como uma pandemia. Patogenicamente, é responsável por uma depressão do sistema imunológico às custas principalmente da depleção de linfócitos T CD4 e, assim, de infecções oportunistas daí advindas. O vírus, além da imunodepressão, está associado à lesão direta de alguns órgãos, como o sistema nervoso central, e, por acometimento desse, da demência associada ao HIV. Após a introdução da terapia antiretroviral no final do século passado, vem se percebendo um aumento da sobrevida entre os infectados. Associando isso a avanços no diagnóstico e a mudanças nos padrões de comportamento, vem sendo notado um envelhecimento da população infectada pelo HIV. O presente trabalho consiste de dois artigos. O primeiro é um artigo de revisão, que além de abordar as mudanças na apresentação da demência associada ao HIV após a introdução da terapia antiretroviral e do envelhecimento da população infectada, avalia as mais recentes evidências acerca da interação entre envelhecimento e demência nos infectados pelo vírus. Tem sido percebido um aumento de prevalência de demência nos maiores de 50 anos infectados, além de interação do HIV com outros distúrbios cognitivos como a doença de Alzheimer, por exemplo. O artigo aborda também as mudanças na avaliação diagnóstica, como mais novas e práticas escalas de avaliação, assim como novidades quanto ao tratamento, seja o antiretroviral ou estratégias neuroprotetoras, e a melhor forma de inserir essas mudanças nessa nova realidade de envelhecimento populacional. O segundo é um artigo original, na forma de estudo seccional, que visou descrever a freqüência e os fatores de risco para alterações neurocomportamentais em pacientes idosos atendidos em dois centros de referência para assistência aos infectados pelo HIV na cidade do Recife, no nordeste do Brasil. No estudo, foi avaliada a freqüência de déficit cognitivo e demência, assim como de sintomas depressivos, em pacientes com idade maior ou igual a 50 anos infectados pelo HIV em acompanhamento ambulatorial. Identificou-se uma alta freqüência desses distúrbios com pouco mais de um terço dos pacientes avaliados apresentando déficit cognitivo e sintomas depressivos, com freqüências de 36,5% e 34,6% respectivamente. Identificou ainda uma maior freqüência de acometimento cortical entre aqueles pacientes com déficit cognitivo. Considerando os dois artigos apresenta-se uma nova perspectiva acerca da compreensão das alterações cognitivas de uma população idosa com HIV