Alterações neurocognitivas em crianças e adolescentes infectados pelo HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Aibe, Mitsue Senra
Orientador(a): Silva, Marcus Tulius Teixeira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Fernandes Figueira
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10963
Resumo: O HIV pode causar alterações neurocognitivas nas crianças infectadas, variando de manifestações menores sem comprometimento funcional até quadros graves de encefalopatia com perda progressiva dos marcos do desenvolvimento. O presente estudo tem como objetivo descrever as alterações neurocognitivas encontradas em crianças escolares e adolescentes infectados verticalmente pelo HIV em acompanhamento em centro terciário do Rio de Janeiro. Foram avaliados 27 pacientes, com idade entre seis e 16 anos, por meio de exame neurológico completo, aplicação da EIDHIV e do WISC IV. Foi realizada revisão de prontuário e entrevista com os responsáveis para coleta de dados socioeconômicos, história clínica e exames prévios. No estudo, 25,9% dos pacientes apresentavam alterações ao exame físico neurológico, sendo a manifestação mais frequente a síndrome tetrapiramidal (18,5%). Os exames de neuroimagem apresentavam alterações em 23% dos pacientes, sendo as mais frequentes as calcificações em núcleos da base (19,2%) e a atrofia cortical (11,5%). Na avaliação cognitiva, 33,3% dos pacientes apresentavam resultado do QI total extremamente baixo e, por terem associação com alterações neurológicas ou de neuroimagem, tiveram o diagnóstico de encefalopatia pelo HIV. Os fatores relacionados a maior risco de encefalopatia pelo HIV foram: sinais ou sintomas de imunodepressão grave (categoria C), dois ou mais anos de atraso escolar, cuidador principal com menos de cinco anos de escolaridade e ter resultado alterado na EIDHIV. Neste estudo não foi encontrada correlação entre CD4 nadir e encefalopatia pelo HIV.