Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, José Américo Fernandes de |
Orientador(a): |
SILVA, Maísa Mendonça |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Engenharia de Producao / CAA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38304
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Resumo: |
A indústria automotiva é, sem dúvidas, uma das maiores impulsionadoras da economia global. Todavia, o crescente número de veículos, observado nas últimas décadas, tem posto em cheque a sustentabilidade na cadeia automotiva, especialmente, no que diz respeito a destinação final dos resíduos. Acredita-se, que apenas na União Europeia (UE), sejam gerados cerca de 8 a 9 milhões de toneladas de resíduos por ano, decorrentes de Veículos em Fim de Vida (ELV). Esse montante, fez com que a UE definisse os ELVs como fluxo prioritário de resíduos, fomentando assim, por meio da Diretiva 2000/53/EC, princípios básicos para a gestão apropriada de ELVs. Em contrapartida, no Brasil, a determinação de políticas eficazes no gerenciamento de ELVs, ainda são tidas como incipientes. Embora o país, atualmente, esteja entre os maiores mercados de venda e produção de veículos do planeta, consolidando-se como um dos principais players mundiais do setor. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo estimar a demanda futura de ELVs no Brasil, de modo a possibilitar o estabelecimento de estratégias que não apenas auxiliem a tomada de decisão, mas também visem a mitigação do impacto global deste resíduo na cadeia automotiva brasileira. Para tanto, foi utilizado um modelo híbrido de previsão, baseado na metodologia ARIMA e em Redes Neurais Artificiais, com um conjunto de dados temporais extraídos de plataformas setoriais brasileiras. No que se refere ao delineamento da pesquisa, o foco foi na categoria de veículos automotores, com capacidade máxima para até oito passageiros, visto que esta, é a classe de maior representatividade e proporção ambiental no país. Os resultados alcançados apontam para uma boa convergência do modelo, indicando melhor desempenho do que uma previsão ingênua ou trivial. A eficiência obtida pelo o coeficiente de Nash-Sutcliffe foi de 98%. E a expectativa é que para o ano de 2030 sejam produzidos aproximadamente 5,2 milhões de ELVs no Brasil, dos quais, somente 78 mil seriam efetivamente reciclados, considerando a atual taxa de reciclagem de veículos no país. Isto posto, o estudo poderá ainda contribuir com a proposição de alternativas que favoreçam o gerenciamento adequado do resíduo automotivo, fornecendo uma referência para a formulação e implementação de políticas relacionadas a ELVs no Brasil. |