Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
FRANÇA, Vanessa da Silva Santos |
Orientador(a): |
PINHEIRO, Marina Assis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37878
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Resumo: |
Esta pesquisa se propôs a investigar os processos criativos na realidade cotidiana da ação do piloto policial durante uma ocorrência de segurança pública caracterizada pelo confronto armado. Adotamos uma concepção de criatividade distribuída, relacional, histórica e cultural, repelindo os modelos teóricos que reduzem o processo criativo a variáveis intrapsicológicas e reforçam o paradigma do gênio criador. Para tal, encontramos aporte teórico nas propostas da psicologia cultural da criatividade de Glaveanu, nos trabalhos de Vygotsky e seu entendimento da criatividade como atividade humana que resulta em novidade, do criador como produto de sua época e da centralidade da linguagem neste processo, e também no dialogismo do filósofo Mikhail Bakhtin e suas alegorias filosóficas importantes como a exotopia e o excedente de visão. Tivemos por objetivo compreender como se singularizam os processos criativos na ação do piloto policial através da dinâmica semiótica-cultural da experiência desse sujeito e para tal, nos propomos a mapear na experiência desse piloto policial as alteridades que atuam na ação criativa e suas formas de integração, refutação e coordenação face ao inesperado da situação, bem como buscamos inferir como os processos criativos se singularizam em sua dimensão afetiva e cognitiva no contexto da prática da pilotagem policial de helicópteros. Adotamos a abordagem idiográfica qualitativa estruturada em quatro etapas: a escolha do registro em vídeo da ocorrência aeropolicial da unidade aérea e sua tripulação, a seleção dos trechos de vídeos e imagens utilizados nas entrevistas, a entrevista com o piloto policial de helicóptero com exibição dos vídeos e imagens selecionados e a entrevista coletiva com a tripulação com a exibição dos vídeos selecionados. A análise dos dados e as discussões se basearam em quatro eixos interpretativos: Perspectiva, ambiguidade e ambivalência, temporalidade e uso de instrumentos. Nossos dados mostraram que nos momentos de maior risco e aumento da tensão, a incerteza se faz acompanhada de uma ampliação da sensação de dilatação do tempo de duração da experiência e de uma suspensão de sentidos prévios que, ante à indeterminação do futuro, surge de um lado a perícia e do outro o conjunto de valores que balizam as decisões e as ações na emergência do novo. Nossa principal contribuição é uma proposta de estudo dos processos criativos em uma abordagem sócio-histórico-cultural de uma atividade laboral marcadamente prescrita e procedural diversa do campo das artes, em um contexto de risco e emergência. |