Imobilização de tanase e sua aplicação na detanificação do chá de boldo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LIMA, Juliana Silva de
Orientador(a): CARVALHO JÚNIOR, Luiz Bezerra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32400
Resumo: Dentre as enzimas com grande aplicação na indústria destaca-se a tanase. Esta enzima catalisa a hidrólise de ligações ésteres e depsídicas de vários taninos hidrolisáveis, como o ácido tânico. A aplicação de enzimas imobilizadas pode trazer muitas vantagens em relação ao uso da enzima solúvel, como a possibilidade de seu reuso, aumento de estabilidade e redução dos custos do processo. O uso de partículas magnéticas como suporte acrescenta vantagens como fácil separação do meio de reação e maior área superficial. Outra técnica que apresenta diversas vantagens é a encapsulação em alginato de cálcio destacando o seu reuso e a estabilidade enzimática. O objetivo deste trabalho foi imobilizar a tanase covalentemente em terra de diatomácea magnetizada e pela técnica de encapsulamento com alginato de cálcio e aplicar a enzima imobilizada e livre no processo de hidrólise de taninos presentes no chá de boldo. Após o processo de imobilização covalente, o pH ótimo da tanase imobilizada permaneceu o mesmo apresentado pela enzima livre, enquanto a temperatura ótima subiu em relação a tanase na forma solúvel. A constante de Michaelis mostrou que a tanase imobilizada tem uma maior afinidade de ligação com o substrato do que a tanase livre. Verificou-se também que a enzima imobilizada apresenta um ótimo perfil de estabilidade. Foi observado que é possível realizar a reutilização do suporte até 10 vezes com conservação da atividade de 66%. Na aplicação da enzima no chá de boldo, a tanase imobilizada em mDE-PANI apresentou melhor resultado se comparada à enzima livre. Quando aplicada a ténica de encapsulação, a enzima mostrou um aumento de pH ótimo (5,0 para 6,0) e uma diminuição de 10 graus da temperatura ótima conservando 75% da atividade específica em relação a enzima solúvel. Após a reutilização da enzima em até 6 vezes a atividade foi retida em 50% e após um período de 105 dias de estocagem foi conservada a sua atividade em mais de 55%. Na aplicação da enzima encapsulada houve a redução de 31% dos taninos além de um aumento de catequinas e ácido gálico, melhorando assim o teor nutricional do chá. Com isso, a tanase imobilizada em ambas as técnicas utilizadas se mostrou estável, assim como promissora na aplicação para remoção dos taninos presentes no chá de boldo, ocorrendo ao final do processo uma diminuição dos custos em relação à enzima solúvel e a otimização do processo.