Os paradoxos da hospitalidade como direito humano: uma análise sobre o acolhimento do outro a partir da filosofia de Jacques Derrida
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Direitos Humanos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31355 |
Resumo: | As constantes violências políticas e jurídicas que reconhecem a figura do estrangeiro, apátrida, imigrante ou refugiado como uma ameaça a sociedade demonstram de forma urgente aos direitos humanos que a questão da hospitalidade na contemporaneidade precisa ser repensada ou revisitada em seus princípios ético-filosóficos de origem iluminista kantiana. Considerando essa realidade, o trabalho se propõe a analisar a hospitalidade pensada pelo filósofo franco-argelino Jacques Derrida como uma alternativa ao dado modelo tradicional hegemônico e como ela pode trabalhar através de seus paradoxos numa ética que ultrapassa o limitado campo jurídico-político. Trabalha-se com a hipótese de que não se deve negligenciar toda a construção legislativa positivada até então, no entanto, deve-se ter em conta que as leis em seus limites conceituais estão voltadas majoritariamente para um pensamento ético individualista que visa à soberania do eu sobre o outro negando sua singularidade através de generalizações jurídicas. O estudo se pautou na estratégia da desconstrução pensada por Derrida para demonstrar que estas violências são fruto de um modo de pensar que tende a negligenciar os paradoxos que a figura do outro pode proporcionar, preferindo assim trabalhar em zonas mais confortáveis e estáveis que visam neutralizar estas conturbadas relações. Destaca-se que pensar uma hospitalidade sem condicionamentos conceituais expõe um novo olhar paradigmático aos direitos humanos voltando-se a uma ética do acolhimento que se revela oriunda do outro e trabalha nos limites da utopia, mas que deve servir como norteamento das futuras leis voltadas a hospitalidade. Verifica-se que o estudo apresentado aqui, a partir das obras analisadas, pode orientar tematicamente futuras pesquisas empíricas que queiram trabalhar a questão da hospitalidade em localidades e contextos jurídicos específicos. |