O que restou da indignação?juventude e representações sociais de cidade ideal e conflitos urbanos após as manifestações de junho de 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ROCHA, Carolina Carneiro
Orientador(a): ALÉSSIO, Renata Lira dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13864
Resumo: Recentemente, uma avalanche mundial de indignação protagonizada por jovens urbanos intrigaram estudiosos. No Brasil, o esfriamento das ações pôs em dúvida a implicação dos jovens. Com base na articulação psicossociológica de Doise, investigamos as representações sociais de cidade ideal e conflitos urbanos para 197 jovens de classe média de Fortaleza-CE. Utilizamos associação livre de palavras sobre cidade ideal, escala de posicionamentos em conflitos urbanos e levantamento de inserções e vivências sociais. A análise foi embasada no paradigma das três fases, realizada por Análises Fatoriais apoiadas nos softwares Trideux e SPSS. Os resultados sobre cidade ideal indicaram representações centralizadas em questões públicas e organizadas em quatro modelos de cidade: democrática, pacífica, organizada e ouvida. Variações intergrupais deram-se em função das representações do cidadão, dos problemas urbanos e das pertenças dos sujeitos. Os resultados sobre conflitos urbanos indicaram campo comum composto por princípios de gestão íntegra e transparente da cidade, coletividade e garantia de direitos. As representações foram organizadas em torno das minorias sociais, dos usos da cidade e do preço a pagar pela Copa do Mundo. Ancoraram-se em inserções educacionais, ocupacionais e de participação em ações sociais. Conclui-se que muitas das demandas levantadas em 2013 compõem o senso comum dos jovens de classe média urbana pós-manifestações, e que estes se posicionam com boa adesão aos princípios do direito à cidade, especialmente se provenientes da universidade pública e participantes de ações sociais.