Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
FERREIRA, Gilberto Geraldo |
Orientador(a): |
BARBOSA, Bartira Ferraz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23347
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Resumo: |
Essa pesquisa procura compreender como os indígenas dialogaram com a educação formal, instalada pelo Serviço de Proteção aos Índios/SPI, para atender aos povos indígenas habitantes em Alagoas, como os Kariri-Xokó, em Porto Real do Colégio, em 1944, e os Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios, no ano de 1952. Buscando também entender a formalidade educacional como processo que foi tensionado pelas experiências dos indígenas com as escolas que a eles foram destinadas. O objetivo principal da pesquisa, portanto, foi analisar como os processos formais e não formais educativos dos povos indígenas em Alagoas transformaram-se em espaço de reconstrução enquanto povos específicos Kariri-Xokó e Xukuru-Kariri. Definimos como central para nosso debate as escolas do SPI em Alagoas, todavia, o ponto primordial do estudo foi tratar das diversas formas de atuação do Posto Indígena/PI, mas também das formas específicas – de uso – que os indígenas fizeram das escolas. Para a realização dessa discussão foi necessário tratar o SPI enquanto instituição e das escolas do órgão deste destinadas aos indígenas. Os referenciais teórico-metodológicos seguiram as perspectivas da História Social e estudos antropológicos recentes sobre os índios no Brasil e no Nordeste, considerando as experiências e as memórias coletivas a partir das reflexões de E. P. Thompson, Maurice Halbwachs, Verena Alberti, Antonio Carlos de Souza Lima e João Pacheco de Oliveira respectivamente, como aspectos significativos na construção dos debates. Afirmamos que os indígenas se reconstruíram por meio da utilização das instituições do Estado, na situação estudada, a escola, embora considerássemos suas condições precárias, como aspecto fundante que desdobrou outros processos formativos possibilitando novas relações, com os indígenas enquanto sujeitos nas articulações externas e internas, ressignificando o ideário de índio na afirmação da identidade étnica indígena no século XX em Alagoas. |