Apropriações e usos de imagens sobre os índios Xukuru-Kariri em Palmeira dos Índios/AL (1968-2010).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SOARES, Brunemberg da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5797
Resumo: Nesta dissertação discutimos as formas como o povo indígena Xukuru-Kariri é representado no município de Palmeira dos Índios, diante de uma construção escrita, discursiva e imagética que influenciou as memórias dos palmeirenses, criando um índio exótico e romantizado convertido em atrativo comercial, turístico, escultural e museológico, exaltado como ser do “passado”. Buscamos analisar a construção e as apropriações da figura dos Xukuru-Kariri, destacando as conjunturas sócio-históricas e os atores envolvidos no processo. Para tanto, contrastamos tais representações com a visão de lideranças indígenas sobre essas representações, percebendo-os como sujeitos históricos ativos no cotidiano palmeirense. Realizamos essa pesquisa a partir de fontes documentais diversas, bem como relatos de memórias de indígenas Xukuru-Kariri em Palmeira dos Índios. Nossas analises fundamentaram-se nas reflexões de autores como Adelson Lopes Peixoto, Aldemir Barros da Silva Júnior, João Pacheco de Oliveira, Edson Silva, Fredrik Barth, Roger Chartier e Maurice Halbwachs. Afirmamos que a criação de variadas formas de representação sobre os indígenas resultou do objetivo expresso por memorialistas palmeirenses de criar uma identidade para o município de Palmeira dos Índios; no entanto, em um contexto de disputas territoriais, essas imagens foram apropriadas por posseiros de terras indígenas e utilizadas como modelo de etnicidade e meios para a propagação de estereótipos, sendo amplamente questionadas por lideranças Xukuru-Kariri.