Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Cunha De Souza, Liliane |
Orientador(a): |
Wilfried Schröder, Peter |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/964
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Resumo: |
O presente estudo consiste em compreender o modelo etiológico vigente no sistema médico Xukuru, sob a ótica de seus especialistas de cura. O povo Xukuru habita a Serra do Ororubá, localizada no agreste pernambucano, a 8km de Pesqueira (PE). Sua população conta com aproximadamente 8.502 índios distribuídos em vinte e cinco aldeias, que utilizam o sistema de cura nativa como principal recurso sanitário. Entre essa população, encontra-se um cenário plurimédico no qual convivem o sistema de cura nativa, a biomedicina e a medicina popular não-indígena. Os especialistas de cura Xukuru pertencem às seguintes classes: pajé, líderes político-religiosos, rezadores, parteiras e indivíduos que produzem garrafadas. As categorias etiológicas mais gerais, presentes nas narrativas desses especialistas, foram: "doença que rezador cura" e "doença que médico cura". A categoria "doença que rezador cura" compreende os mal-estares e doenças tratados exclusivamente pelos especialistas nativos, tais como: espinhela-caída, mau-olhado, mal de ramo, doenças iniciativas, doenças causadas por "trabalhos" de catimbozeiro etc. A categoria "doença que médico cura" abrange aqueles sanados apenas pelos profissionais da biomedicina. Enfim, esse estudo se destina ao entendimento de como os especialistas nativos concebem a origem das doenças, classificam-nas e interpretam seus sintomas |