Bioatividade de quitosana na inibição de cepas patogênicas em hambúrgueres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Michelle Galindo de
Orientador(a): STAMFORD, Thayza Christina Montenegro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18757
Resumo: Os produtos cárneos apresentam alto consumo mundial e devido as suas propriedades nutricionais constituem ambiente favorável para o desenvolvimento de micro-organismos patogênicos. A indústria de alimentos vem tentando reduzir os níveis de aditivos químicos e investindo em pesquisa de compostos naturais que tenham ação conservante. A quitosana é um polímero natural que apresenta aplicações em alimentos, pois dentre suas várias propriedades destaca-se sua ação antimicrobiana Este estudo teve como objetivo verificar a ação antimicrobiana da quitosana na inibição de cepas patogênicas (Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes) em hambúrgueres elaborados, bem como acompanhar a vida de prateleira e aceitação sensorial deste produto formulado. Os testes para determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM) da quitosana, foram realizados através da técnica de microdiluição. Os testes em matriz alimentar foram realizados em hambúrgueres infectados por S. aureus e L. monocytogenes, por meio da contagem de células viáveis nos intervalos de 1, 3, 5,7, 9, 11, 13, 15 e 30 dias. Ademais, no produto cárneo preparado, com e sem quitosana, foram realizadas análises microbiológicas, físico-químicas, sensorial mensalmente durante o período de 4 meses para verificação da vida de prateleira. O teste sensorial dos hambúrgueres elaborados, com e sem quitosana, foi avaliado através de uma escala hedônica. Observou-se que a quitosana apresentou efeito bactericida e bacteriostático para ambas bactérias, sendo CIM 2,5mg.mL-1 e CBM 5,0mg.mL-1. Nos hambúrgueres previamente infectados por cada micro-organismo, as concentrações de 2,5 e 5,0mg.mL-1 de quitosana apresentaram efeito similar nos patógenos testados. Durante o armazenamento não ocorreram alterações prejudiciais às características sensoriais e microbiológicas devido à interação da quitosana com os demais constituintes dos hambúrgueres. A partir dos resultados obtidos foi possível observar que a quitosana foi capaz de inibir o crescimento de cepas patogênicas em hambúrgueres. Hambúrgueres adicionados de quitosana apresentaram estabilidade durante 120 dias à -18oC. Dessa forma a quitosana pode ser considerada uma alternativa viável na preservação de alimentos, podendo ser utilizada como conservante natural em hambúrguer. Este estudo contribui de forma significativa não somente para a comunidade científica, mas também para as indústrias de produtos cárneos, uma vez que o importante achado da utilização de quitosana pode auxiliar no controle destes patógenos de maneira saudável, segura e saborosa, isto é, do ponto de vista nutricional, microbiológico e sensorial, respectivamente.