Acurácia diagnóstica de índices cefálicos para invaginação basilar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: NASCIMENTO, José Jailson Costa do
Orientador(a): DINIZ, Paula Rejane Beserra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41868
Resumo: A invaginação basilar tipo B é uma alteração da junção craniovertebral caracterizada por hipoplasia e deslocamento superior do contorno ósseo do forame magno. Historicamente, ela tem sido relatada no Nordeste brasileiro e é frequentemente observada em pessoas com índices cefálicos elevados, que caracteriza a braquicefalia. O objetivo do presente estudo foi analisar o poder diagnóstico de três índices cefálicos para a IB tipo B. Este foi um estudo retrospectivo do tipo caso-controle. Foram utilizados exames de ressonância magnética provenientes de 31 pacientes com invaginação basilar tipo B e 96 controles. A projeção cefálica do ápice do dente do áxis acima do nível do óbex foi usada para definir a positividade de invaginação basilar. Essa leitura foi feita de forma independente por dois neuroradiologistas. Outros dois examinadores mensuraram, também de forma independente, os testes cefálicos (índice largura comprimento; índice altura largura; e o índice craniano total) e os parâmetros da junção craniovertebral (ângulo do forame magno; linha de Chamberlain; e ângulo clivocanal). A confiabilidade intra e interexaminador dos índices cefálicos variou entre 94% e 96% (P<0,05). As áreas sob a curva ROC evidenciaram que o poder diagnóstico do índice altura largura foi maior (0,874) em relação ao índice craniano total (0,846) e índice largura comprimento (0,639) (P<0,05). Os seguintes critérios de corte foram observados: índice largura comprimento ≥ 86 (sensibilidade: 53,3%; especificidade: 66,7%); índice altura largura ≤ 58 (sensibilidade: 74,7%; especificidade: 85,5%); e índice craniano total ≥ 28 (sensibilidade: 77%; especificidade: 80,4%). Correlações entre dimensões cranianas e medidas da JCV mostraram que o fenômeno da invaginação basilar estava significativamente relacionado à redução da altura craniana, aumento da largura, e redução do comprimento (P<0,05). Em conclusão, os resultados mostraram evidências de que os índices cefálicos podem ajudar na investigação da invaginação basilar tipo B. O índice altura largura apresentou o maior poder diagnóstico, acima de 87%. Esses dados corroboram as postuladas relações entre o fenômeno da invaginação basilar e as alterações nas dimensões cranianas.