Associação entre hipervolemia e progressão de doença renal crônica em pacientes pré-dialíticos
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32147 |
Resumo: | A sobrecarga hídrica é um fenômeno comum em pacientes com doença renal crônica (DRC) avançada. O estado de hipervolemia está associado à hipertensão arterial sistêmica, hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar e edema periférico. O presente trabalho visa valiar a associação entre hipervolemia (avaliada por meio de bioimpedância com o aparelho BCM © Fresenius Medical Care Bad Homburg, Alemanha) e progressão de doença renal, definida pelo declínio da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), em pacientes com DRC pré-diálise. Realizou-se um estudo do tipo coorte prospectivo em pacientes portadores de DRC estágios 3B a 5 não D (não dialíticos) acompanhados no Ambulatório de Nefrologia do Hospital das Clínicas – HC/UFPE. Foram avaliados 106 pacientes, com idade média de 59,41 ± 15,4 anos e mediana 61,00 (49,00; 70,25) anos sendo a maioria mulheres (55,7%) e TFGe média de 22,12 ± 9,6 ml/min/1,73m². A hipertensão arterial e o diabetes mellitus foram frequentes em 85,8% e 45,3% dos casos, respectivamente. Mais de 70% dos casos (70,8%) não apresentavam edema maleolar e estavam em uso de diuréticos (77,4%), proteinúria em graus variados esteve presente em 51,9% dos casos. De acordo com os resultados da bioimpedância, identificou-se três grupos: hipovolêmicos, estado de hidratação (H) < - 1,1 L (1,9%), normovolêmicos, -1,1 ≤H≤ +1,1 L (58,5%) e hipervolêmicos H > +1,1 L (39,6%). Como no grupo hipovolêmico havia apenas dois pacientes, decidiu-se avaliar e comparar os dois grupos predominantes. Observou-se nos hipervolêmicos, maior frequência de diabetes e valores menores de hemoglobina e albumina séricas e menor valor do ângulo de fase quando comparados aos normovolêmicos. E na análise multivariada, foi observado que o sexo masculino, a presença de diabetes e ângulo de fase <5,6 º foram fatores independentes associados à hipervolemia. Durante o seguimento de um ano, um paciente faleceu e 20 (18,9%) iniciaram hemodiálise. Não houve diferença entre os grupos comparados quanto à evolução para hemodiálise. Observou-se uma TFGe inicial semelhante entre os dois grupos predominantes e após um ano TFGe menor no grupo hipervolêmico em relação aos normovolêmicos, porém sem significância estatística. E quanto ao declínio da TFGe, não se observou diferença entre hipervolêmicos e normovolêmicos. A prevalência de hipervolemia nos pacientes estudados foi alta. Fatores de risco independentes para a sobrecarga hídrica foram o sexo masculino, a presença de diabetes e o ângulo de fase <5,6 º. Houve uma associação negativa entre albumina e hemoglobina séricas e ângulo de fase com estado volêmico, e não foi encontrada associação entre hipervolemia e declínio de função renal e início de hemodiálise |