Resumo: |
Ointeresse pelos estudos de biocombustíveis produzidos a partir de óleos vegetais iniciou-sena década de 80, em 1989,por Rudolf Diesel,com a utilização do óleo de amendoim. Por apresentar um teor de 54% de óleo extraído da amêndoa de seu fruto, a oiticica integra uma das novas fontes de oleaginosas estudadas para inserção na matriz energética brasileira para produção de biodiesel. Éuma árvore que pertence a família das Crysobalanaceae,é típica do semiárido nordestino e pode ser encontrada nos estados do Ceará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte.Porém, este óleo apresenta característicadeviscosidade eacidez elevadaso que impede seu uso direto na transesterificação. Para tratar a acidez e viscosidade foi realizada uma purificação por degomagem seguida de uma esterificação ácida. O óleo de oiticica apresentou excelente decaimento de acidezapós os tratamentos de degomagem e esterificação aplicados. A degomagem reduziu a acidez em 54,13%(de 15,24 para 6,99 mgKOH/g)e após a esterificação esta acidez foi reduzida em 75,8%(de 15,24 para 2,88mgKOH/g), mostrando a eficiência do processo e a possibilidade de utilização na produção de biodiesel. O óleo bruto e os resultadosde óleo degomado e esterificado foram caracterizadospor análises termogravimétricas, densidade, viscosidade, índice de acidez e índice de saponificação.Com os resultados de densidade e acidez observou-se a influencia do tipo de degomagem utilizadanestes, sendo a aquosa a que apresentou melhor resultado. No processo de esterificação foi analisado a relação álcool:óleo (6:1 e 12:1), o tipo de álcool (metanol e Etanol), o percentual de catalisador (0,1 e 0,7%) e a temperatura (35°C e 75°C) mostrando que a relação álcool óleo e o percentual de acidez influenciam na esterificação sendo a melhor curva de decaimento com 12:1 álcool:óleo, 0,7% de catalisador e 75°C e metanol. Concluindo que estes parâmetros influenciam diretamente no processo sendo a relação álcool:óleo e o percentual de catalisador os parâmetros mais importantes do processo. |
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