Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Leandro Luiz da |
Orientador(a): |
PÉREZ, Carlos Daniel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude Humana e Meio Ambiente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34621
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Resumo: |
A praia de Porto de Galinhas é uma das mais turísticas do Brasil pelos seus famosos bancos recifais que são intensamente visitados. Na década de sessenta o biólogo Jacques Laborel estudou os corais dessa praia e apontou que como em outros recifes do Nordeste o número de colônias estava baixo por unidade de área e com o estado vitalidade reduzida. Diante disso esse trabalho avaliou o estado de conservação dos corais do recife de Porto de Galinhas tendo como base comparativa o levantamento realizado por Laborel (1969), através da realização de transectos que apuraram a riqueza, abundância e zonação das espécies coralíneas, levantamento dos níveis abióticos de pH, temperatura, salinidade e taxa de oxigênio dissociado, e por último a realização de análises granulométricas e de matéria orgânica coletada no substrato. O estudo mostrou que a riqueza entre a década de sessenta e a atualidade foi modificada e mais espécies de corais, zoantídeos octocoral e hidróide calcário foram encontradas nos recifes, porém, Millepora braziliensis e Mussismilia harttii não foram mais encontradas na área. Atualmente Siderastrea stellata é coral o mais abundante, entretanto, a maioria das espécies aparecem raras, como Millepora alcicornis, indicando um declínio populacional da espécie. A zonação da parede recifal deixou de ser padronizada e as espécies estão distribuídas de maneira confusa nos blocos, onde algumas delas que viviam apenas em zonas mais profundas como Siderastrea stellata e Montastrea cavernosa, agora também são encontradas colonizando as zonas intermediárias e rasas. É notável que a fauna coralínea sofreu modificações preocupantes, por este motivo o desaparecimento, baixa abundância e alteração na zonação dos corais podem estar sendo causados pelo conjunto de ações antrópicas nos recifes e influência dos fatores abióticos como aumento da temperatura e alta concentração de sedimentação e matéria orgânica. Assim, é de extrema relevância alertar os órgãos competentes e responsáveis pela monitoração desses recifes para criar e pôr em prática mais medidas conscientizadoras que alertem aos turistas sobre as ameaças ambientais e antropogênicas que as comunidades coralíneas estão sofrendo, além da grande importância de adotar atitudes ainda mais conservadoras para a comunidade recifal de Porto de Galinhas. |