Potencial antioxidante de plantas da flora pernambucana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LINS NETO, João da Rocha
Orientador(a): CORREIA, Maria Tereza dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16900
Resumo: O Brasil é considerado o país com a maior biodiversidade do mundo, nele as formações vegetais do Bioma Caatinga e Mata Atlântica representam fontes potenciais para a prospecção de biomoléculas de interesse científico. Entre essas biomoléculas encontram-se aquelas com atividade antioxidante, substâncias que são capazes de neutralizar ou reparar a ação dos radicais livres e dessa forma combatendo o estresse oxidativo. Vários antioxidantes sintéticos estão presentes no mercado, porém estudos vêm demonstrando a possibilidade de efeitos tóxicos desses produtos sintéticos, fato que gerou estímulo para a busca de antioxidantes naturais. O presente trabalho visou investigar a atividade antioxidante de extratos de folhas de 5 espécies vegetais encontradas no Bioma Caatinga e Mata Atlântica, a saber: Abarema cochliacarpos (AC), Croton nummularius (CN), Myroxylon Peruiferum (MP), Stryphnodendron pulcherrimum (SP) e Tanaecium xanthophyllum (TX) por 3 metodologias in vitru: ensaio do DPPH, ABTS e fosfomolibdênio (capacidade antioxidante total - CAT). Adicionalmente foi realizada uma investigação fitoquímica dos extratos por cromatografia em camada delgada (CCD) bem como dosagem do teor de fenóis e flavonoides totais com o intuito de apontar os possíveis compostos ativos responsáveis por tal atividade. A análise do perfil fitoquímico evidenciou a presença de saponinas, fenilpropanoides e flavonoides em todas os extratos, enquanto que terpenoides e proantocianidinas foram encontrados em AC, alcaloides em CN, cumarinas em MP, proantocianidinas e mono-sesquiterpenoides em SP. As dosagens de fenóis e flavonóides totais dos extratos variaram de 28,84 a 120,39 (mg EAG. g-1 extrato) e 3,84 a 10,52 (mg EQ. g-1 extrato), respectivamente. Os valores de CI50 da atividade sequestradora de radicais DPPH variaram de 31,62 a 87,84 μg/mL. A porcentagem de sequestro de radicais ABTS variou de 20,92 a 75,69 % e a porcentagem da capacidade antioxidante total (%CAT) de 15,13 a 43,71 %. Foi evidenciado também uma correlação positiva entre o conteúdo de fenóis totais e atividade antioxidante pelos ensaios do radical ABTS (ρ = 0,926; R2 = 0,858) e CAT (ρ = 0,933; R2 = 0,872), o que indica o papel chave dos compostos fenólicos na atividade antioxidante dos extratos estudados. Mais estudos são requeridos no sentido de se isolar esses compostos para melhor caracterizá-los, assim como a realização de testes de atividade antioxidante in vivo.