Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ALVES, Widarlane Ângela da Silva |
Orientador(a): |
LIRA, Eduardo Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55833
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Resumo: |
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), caracterizado por um quadro de hiperglicemia associado à resistência à insulina, atualmente atinge cerca de 90% dos adultos diabéticos mundialmente. Estima-se que cerca de 783 milhões de pessoas sofrerão de diabetes até 2045. Isso se deve a fatores de risco como genética, obesidade, sedentarismo e dieta ocidentalizada. A patogênese do DM2 é complexa e envolve fatores como estresse oxidativo, inflamação e resistência à insulina, que estão associados a mortalidade e ao aparecimento e agravamento das complicações diabéticas. Infelizmente, a terapia farmacológica atual possui diversos efeitos adversos como diarreia, hipoglicemia e ganho de peso, dificultando a adesão do paciente ao controle glicêmico. Neste sentido, há uma busca por novos agentes hipoglicemiantes para prevenção e tratamento do diabetes. As plantas medicinais são bastante utilizadas pela medicina tradicional como alternativa terapêutica para tratamento do DM2 e suas comorbidades. Dentre essas espécies, a Bauhinia cheilantha, popularmente conhecida como pata-de-vaca ou mororó, é uma planta nativa do Cerrado e Caatinga do nordeste brasileiro, utilizada para tratamento de diferentes patologias, dentre elas, o DM2. Diante deste contexto, o efeito antidiabético, hipolipemiante e antioxidante do extrato hidroalcóolico das folhas de B. cheilantha (EHBc) assim como seus possíveis mecanismos moleculares foram investigados em camundongos. O DM2 foi induzido por estreptozotocina (STZ, 150mg/kg, i.p.) e nicotinamida (NA, 110mg/kg, i.p.) em camundongos machos Swiss (8 semanas, 40-50g). Após a confirmação do diabetes, os animais diabéticos foram tratados por via oral durante 28 dias com o EHBc (300 e 600mg/kg, v.o.). Parâmetros metabólicos, bioquímicos e moleculares foram analisados diariamente e ao final do período experimental. O tratamento com EHBc (600mg/kg) reduziu a glicemia de jejum, assim como a polifagia e polidipsia, preveniu o ganho de peso, melhorou a tolerância oral a glicose e reduziu a lipólise em camundongos diabéticos. Além disso, melhorou a hipertrigliceridemia sérica e hepática, assim como o conteúdo de HDL hepático, e os níveis de lactato, ácido úrico e glicerol sérico. O EHBc não demonstrou quaisquer efeitos sobre o colesterol sérico e hepático, conteúdo de lipídeos totais hepáticos, e histomorfometria do pâncreas. A maior dose de EEBc demonstrou melhorar os parâmetros da transaminase pirúvica e histomorfometria do fígado. Os parâmetros de peroxidação lipídica (nitrito e TBARS) e antioxidantes (superóxido dismutase e catalase) diminuíram principalmente na dose de 600mg/kg de EHBc. A expressão proteica de PEPCK e a razão AMPK-p/AMPK-T foram diminuídas no tratamento com EHBc (600mg/kg). |