Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
MENDES, Diego Costa |
Orientador(a): |
MENDONÇA, José Ricardo Costa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Administracao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34305
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Resumo: |
Este estudo defende a tese de que o discurso subjacente de orientação sexual presente na graduação em Administração possui pressupostos normalizadores e heteronormativos, que restringem as categorias identitárias reconhecidas neste contexto específico e demandam dos estudantes performances consideradas legitimadas no curso. A partir deste pressuposto, procurei compreender quais as implicações do discurso heteronormalizador em cursos de graduação em Administração sobre as performances de estudantes gays e bissexuais. Para alicerçar a realização do estudo, busquei amparo sobre a teoria queer — em especial sobre os conceitos de performance, performatividade e heteronormatividade — a fim de entender as questões de dominação e de instabilidade sobre as diferenças de orientação sexual. A pesquisa teve abordagem predominantemente qualitativa, e foi realizada com 16 estudantes (9 gays e 7 bissexuais) de variados períodos do curso de Administração, numa Instituição de Ensino Superior Privada localizada na cidade do Recife, entre os meses de setembro a novembro de 2018. A coleta de dados foi realizada por intermédio de entrevistas semiestruturadas, com duração média de 40 a 50 minutos cada. Os textos transcritos foram analisados com o suporte da Análise Crítica do Discurso (ACD). Os textos dos discentes gays e bissexuais entrevistados levam à compreensão de que a performance no curso de Administração é condicionada à matriz de inteligibilidade heterossexual, a qual legitima socialmente a conformidade entre sexo, gênero e sexualidade, estabelecendo a heterossexualidade como pré-condição para ser reconhecido(a) no curso. A partir da performatividade as práticas discursivas e sociais são produzidas, e as performances são moldadas com base nos códigos de significação presentes na matriz heterossexual. Decorrente deste contexto apresentado, os corpos dos discentes circunscritos no curso tendem a ser regulados e naturalizados pela sexualidade, com base num conjunto de imposições estabelecidas a partir da compulsoriedade heteronormativa. A matriz heterossexual possibilita certo controle social na Administração a partir de elementos legitimados e universalizantes que projetam as performances esperadas pelo(a) administrador(a), e que buscam conformar os corpos discentes sobre identidades previamente arquitetadas. |