Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
DOMINGUEZ, Jenny Paz |
Orientador(a): |
MENEZES, Denise Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Comunicacao Humana
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41442
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Resumo: |
Nas situações de comunicação cotidianas, o indivíduo está exposto a ruído proveniente de diferentes fontes sonoras. A habilidade de reconhecer a fala em presença de mensagens competitivas é um processo que requer um sistema auditivo íntegro e maduro. Quando a fonte sonora do som competitivo está posicionada à fonte sonora da fala que se deseja ouvir, o reconhecimento da fala se torna mais difícil quando comparada a situação onde a quando as fontes sonoras estão espacialmente separadas. Esse fenômeno é conhecido como Benefício de Deslocação do Mascaramento (Spatial Release from Masking). Pouco se sabe sobre esse fenômeno em crianças. O objetivo desse estudo foi analisar o benefício de deslocação do mascaramento no reconhecimento da fala em crianças e jovens. Participaram 15 crianças, com idades entre 6 e 12 anos (média idade 8,6 anos ± 2,20) e 15 jovens, com idades entre 19 e 24 anos (média idade 20,6 anos ± 2,02), todos com limiares audiométricos iguais ou melhores que 25 dB NA, nas frequências entre 250 a 8000Hz. Para avaliação do Benefício de Deslocação do Mascaramento, foi realizado o teste de reconhecimento de sentenças em Português (sentenças do Hearing In Noise Test (HINT) na versão brasileira), na presença de mensagem competitiva (composta por um texto falado por dois locutores brasileiros do gênero masculino). O teste foi realizado através de um processador de sons (Turker Davis Technology) e fones auditivos de inserção, simulando duas condições de escuta em campo livre: 1) fala alvo e mensagem competitiva apresentados a 0º azimute da cabeça do indivíduo (posição compartilhada), e 2) fala alvo apresentada a 0º azimute e mensagem competitiva apresentada a 45º azimute da cabeça do indivíduo, para a esquerda e direita (posição separada). Foram obtidos três limiares de reconhecimento das sentenças para cada participante, em ambas as condições. Ao final, foi determinada a média desses limiares. Os valores do Benefício de Deslocação do Mascaramento foram calculados através da diferença entre a média dos limiares obtidos na condição compartilhada e separada. Os resultados encontrados demonstram maiores limiares de reconhecimento de fala em presença de mensagem competitiva para o grupo de crianças, quando comparadas ao grupo de jovens, nas duas condições estudadas. O benefício de deslocação do mascaramento foi identificado em ambos os grupos. O valor médio de benefício de deslocação do mascaramento foi significantemente menor nas crianças, quando comparadas aos jovens. Os resultados indicam haver imaturidade na habilidade de reconhecer a fala em ambiente competitivo e no benefício de deslocação de mascaramento em crianças de 6 a 12 anos. |