Desnutrição proteica perinatal induz mudanças na expressão de genes metabólicos de ratos : potencial efeito da atividade física materna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LIRA, Allan de Oliveira
Orientador(a): LEANDRO, Carol Virgínia Góis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39388
Resumo: A exposição perinatal a um ambiente de baixo valor nutritivo predispõe a descendência ao desenvolvimento de doenças metabólicas na idade adulta, em ambos modelos experimentais e em estudos com humanos. As respostas adaptativas à má nutrição materna vêm sendo descritas em vários tecidos metabólicos, mas pouco foi explorado acerca do fígado e do tecido adiposo. O objetivo do estudo é avaliar o impacto de uma dieta de baixo valor proteico sobre a expressão de genes relacionados ao metabolismo no fígado e tecido adiposo de ratos, e buscar evidências na literatura de como a atividade física materna pode melhorar o prognóstico. No presente estudo, avaliamos a expressão de genes do ciclo glicolítico, lipolítico e adipogênico no fígado e tecido adiposo de ratos aos 30 dias e 90 dias de vidas que foram expostos a dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. Também foram conduzidas buscas para uma revisão sistemática seguindo o protocolo da PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic-reviews and Meta-analysis) utilizando as seguintes palavras de busca: “Physical activity” ou “exercise” e “gestation” ou “pregnancy” e “offspring” ou “litter”. Foram critérios de inclusão, a descrição do protocolo de atividade física materna antes e/ou durante a gestação e a avaliação no metabolismo da mãe e/ou dos filhotes. Foram observados no tecido adiposo uma menor expressão na PDK4, CT e CPT1b aos 30 dias de filhotes desnutridos, mas que se normalizaram aos 90 dias. No fígado, alguns resultados foram similares, mas também foi observado maior expressão gênica de CT e FAS aos 30 dias nos filhotes desnutridos. A revisão sistemática evidenciou que a atividade física materna diminui a concentração de triglicerídeos nas ratas. Nos filhotes, foi observado uma melhora na glicemia, sensibilidade a insulina e perfil lipídico. Dessa forma, fica evidenciado que a desnutrição proteica perinatal provoca alterações na expressão gênica de tecidos metabólicos, e que a atividade física materna poderia, possivelmente, atuar na prevenção dessas alterações.