Avaliação da sonda uretral permanente autossustentável para esvaziamento vesical intermitente em pacientes do sexo feminino portadoras de bexiga neurogênica: ensaio clínico randomizado, fase II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: CALISTO, Fernanda Camila Ferreira da Silva
Orientador(a): LIMA, Salvador Vilar Correia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31939
Resumo: As opções terapêuticas utilizadas para bexiga neurogênica são escolhidas de acordo com as disfunções que dependem do controle de pressão durante as fases de enchimento e esvaziamento. O cateterismo intermitente limpo (CIL) é o tratamento padrão-ouro para essas disfunções; entretanto, aspectos negativos interferem na adesão dos pacientes. Tentando melhorar a qualidade de vida do paciente e diminuir as complicações com o esvaziamento da bexiga, um tratamento inovador com o uso da sonda uretral permanente autossustentável (SUPERA) foi desenvolvido como uma alternativa ao CIL. Avaliar o desempenho do novo cateter comparado ao CIL. Investigar o impacto na qualidade de vida; Para gravar episódios de infecção do trato urinário; Analisar os parâmetros urodinâmicos; Relatar sobre efeitos adversos; Comparar o número de fraldas usadas por dia. De março de 2015 a março de 2018, 177 pacientes foram admitidas no ambulatório de urologia com sintomas de retenção ou incontinência urinária e foram randomizadas em dois grupos. A avaliação foi realizada no momento da inscrição e seis meses após o tratamento. As intervenções foram iniciadas a partir da antissepsia da região perineal e posterior introdução da sonda através do meato uretral externo. O desfecho primário foi a qualidade de vida (QV). E os desfechos secundários foram os episódios de infecção do trato urinário, dados de parâmetros urodinâmicos, efeitos adversos e número de fraldas utilizadas por dia. Encontramos uma melhora significativa na análise da QV no grupo SUPERA (p <0,01). Este grupo apresentou uma redução importante no número de UTIs e uso de fraldas, e melhora significativa na capacidade da bexiga (p <0,01) e na adesão (p = 0,01). Entre todos os efeitos adversos registrados, a SUPERA apresentou menor proporção. A nova sonda mostrou-se uma alternativa segura e promissora para esvaziamento adequado da bexiga neurogênica em pacientes do sexo feminino.