Crianças consideradas fracas , por suas professoras, no processo da alfabetização , diante da escrita e da leitura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Rosálie Nascimento Silva, Orlane
Orientador(a): Isabel Patricio de Carvalho Pedrosa, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4753
Resumo: No enfoque construtivista e sócio-histórico, concebe-se a alfabetização como uma aquisição da criança num espaço discursivo. Ensinar a ler e a escrever não corresponde a levá-la, apenas, ao domínio do código escrito, mas, à exploração da linguagem como constitutiva de seu pensamento e meio de comunicação, de modo que a aquisição da leitura e da escrita seja entendida por ela como uma ferramenta cultural necessária ao seu crescimento social e pessoal. O presente estudo teve como objetivo identificar como crianças consideradas fracas por suas professoras, no processo de alfabetização, se posicionam enquanto leitoras e escritoras diante do objeto social escrita e de atividades de leitura e de escrita. Para a realização do objetivo proposto foram escolhidas quinze crianças pertencentes à turma de 1a série da rede pública estadual de ensino, consideradas fracas por suas professoras, obtendo-se essa informação por meio de uma entrevista prévia feita com elas. Foram planejadas dezoito sessões de observação, videogravadas, em que eram propostas, às crianças, diversas atividades de leitura e de escrita. Várias dessas atividades foram selecionadas para análise, privilegiando-se situações interacionais nas quais havia evidências de seu posicionamento diante da escrita e da atividade de ler e de escrever. Embora muitas crianças já apresentem algum conhecimento sobre ler e escrever, o que foi confirmado nas atividades dirigidas e nos momentos de diálogo que se estabeleceram na sala de aula; quando sãocobradas a ler e a escrever, elas ainda não se sentem autorizadas para tal. Foram realçados, também, alguns indicadores que denotavam motivação para o objeto escrito; e a indisciplina foi discutida como uma dificuldade das crianças se incluírem no processo de alfabetização. Esses resultados foram confrontados com a concepção das professoras das crianças investigadas e a maneira como elas conduziam o processo de ensiná-las a ler e a escrever