Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SAMPAIO, Juliana Vieira |
Orientador(a): |
DANTAS, Benedito Medrado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24877
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Resumo: |
Esta tese visa analisar agenciamentos produzidos pelos hormônios na conformação de modos de subjetivação contemporâneos. Os modos de subjetivação são aqui compreendidos como rede mutável e permeável que envolve a associação de diversos elementos, humanos e não humanos. Defendemos a tese de que os hormônios atuam na conformação de dispositivos de governo de si, na sociedade contemporânea, numa dinâmica que inclui mudanças, efeitos e riscos (im)previsíveis e (in)desejáveis. Neste sentido, pretendemos: 1) analisar relações entre os saberes sobre os hormônios e a produção de efeitos de verdade; 2) analisar regulações da sexualidade e práticas de feminilização e masculinização agenciadas pelos hormônios. A abordagem teórico-metodológica adotada se alinha aos estudos de Michel Foucault, especialmente, em seus escritos sobre modos de subjetivação e se aproxima de alguns conceitos postulados por pesquisadores/as alinhados/as à Teoria Ator-Rede (TAR) que nos ajudam a compreender aspectos relativos aos hormônios como atuantes na conformação dos modos de subjetivação. O corpus de análise foi constituído a partir de vídeos disponibilizados publicamente pela indústria farmacêutica Bayer, uma das empresas de maior expressão internacional na produção e comercialização de hormônios, totalizando 34 vídeos. O tratamento desse material foi organizado em três curvas de análise, em consonância com os objetivos da tese: 1) produção de efeitos de verdade e saber biomédico; 2) hormônios e feminilização; 3) hormônios e masculinização. Concluímos que os hormônios têm produzidos efeitos diversos, entre eles a atualização do modelo binário de sexo, que, entre outras coisas, associa a mulher à função reprodutiva e os homens ao exercício da sexualidade. Tais premissas normatizadoras instituem determinados modos de subjetivação e constrangem a diversidade e a plasticidade. Essa tese coloca em questão os dualismos homem- mulher, natureza-cultura, natural-artificial para questionar a naturalização dos efeitos dos hormônios, trazendo tais substâncias para o debate ético-político, a fim de produzir novo devires mais criativos e potentes. |