Sentidos de cuidado por educadores/cuidadores de crianças acolhidas institucionalmente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CARDONA, Tamires Diniz
Orientador(a): CRUZ, Fatima Maria Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39962
Resumo: A presente pesquisa, de natureza qualitativa, teve como objetivo compreender os sentidos de cuidado por educadores/cuidadores de crianças acolhidas institucionalmente que atuam na modalidade Casa-Lar. Para isso, adentramos normativas e legislações buscando compreender o papel exercido por este profissional e suas práticas de cuidado para com o acolhido, ao longo da história. A Teoria das Representações Sociais foi a base teórico- metodológica pertinente e necessária para a compreensão desses sentidos. Dos 52 educadores/cuidadores que atuavam em Casas-Lares da cidade de Caruaru/PE, no momento de realização da pesquisa, participaram do nosso estudo 44 deles. Somente após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFPE, demos início a coleta de dados. Para a coleta de dados fizemos uso de; um questionário de associação livre de palavras, um questionário sociodemográfico e a entrevista semiestruturada. Todos os 44 educadores/cuidadores responderam aos questionários e metade deles (22) participaram da entrevista semiestruturada. A análise e tratamento dos dados deu-se por meio dos núcleos de significação, proposta teórica-metodológica orientada pelos pressupostos da Psicologia Sócio Histórica e do materialismo histórico dialético, também coerente com a Teoria das Representações Sociais. Nossos resultados apontaram que os educadores/cuidadores compreendem o cuidado exercido no contexto do acolhimento institucional como um cuidado que é familiar, ou seja, que faz referência às suas próprias experiências e vivências e que, no exercício que é profissional cuida do acolhido como “deveria cuidar” pai e mãe. Ademais, para o educador/cuidador ele é figura de referência e totalidade para o acolhido. Totalidade porque perpassa à representação uma compreensão de que a vida do acolhido inicia-se a partir do acolhimento, já que para o educador/cuidador a família é ausente, culpada e negligente. Tensionamentos pelo exercício desse papel também estiveram presentes. Com isso, ressaltamos a importância de voltar o olhar às representações sociais daquele que tem o papel de efetivar o direito do acolhido no cotidiano do acolhimento institucional.