Mobilidade do estômago e do diafragma e restrições segmentares vertebrais em indivíduos com gastrite crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MELO, Thania Maion de Souza
Orientador(a): SIQUEIRA, Gisela Rocha de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44141
Resumo: A Osteopatia Visceral é uma filosofia e ciência de tratamento de terapia manual que visa a recuperação do movimento, através da manipulação das cadeias fasciais, somato viscerais e víscero somáticos. Por mobilizar as fáscias que se interligam às vísceras, pode proporcionar a melhora da mobilidade visceral e diafragmático, assim como em restrições segmentares vertebrais em indivíduos com gastrite crônica, o que possibilita a melhora do movimento visceral e possivelmente, sua funcionalidade. Trazendo assim para a fisioterapia, no âmbito da osteopatia visceral, uma avaliação dos sintomas de gastrite e consequentemente a possibilidade de um tratamento alternativo para melhora destes sintomas e acometimentos musculoesqueléticos que podem estar associados. O objetivo deste trabalho foi avaliar a mobilidade do estômago e diafragma e restrições segmentares vertebrais entre adultos com diagnostico de gastrite crônica comparados à adultos saudáveis. Estudo observacional formado por indivíduos com diagnóstico de gastrite crônica que foram avaliados quanto a mobilidade do estômago utilizando método palpatório, diafragma utilizando ultrassom e restrições segmentares vertebrais através do TART (Tenderness, Asymmetry, Restricted Motion, Tissue texture changes – Textura tecidual anormal, assimetria vertebral, restrição de movimento e densidade tecidual). A amostra foi calculada através da realização de um estudo piloto inicial, e com amostra final de 57 indivíduos com diagnóstico de gastrite crônica, entre 18 e 59 anos de idade, de ambos os sexos. Para o grupo gastrite foram incluídos indivíduos com diagnóstico médico e comprovação através de exame endoscópico, aceito até dois anos da sua realização, da presença da gastrite crônica. A descoberta recente da gastrite crônica não foi excludente, desde que houvesse a presença de sintomatologia por, pelo menos, 3 meses precedentes ao diagnóstico. Foram excluídos os que apresentassem existência de outra alteração gastrointestinal, gestantes, doenças reumatológicas pré-existentes, exceto osteoartrite, comorbidades relevantes descompensadas (câncer, diabetes, distúrbios na tireoide), hipotensão e doenças respiratórias limitantes, insuficiência arterial ou venosa, cardíaca renal ou hepática, presença de deformidades crônicas posturais (escolioses ,cifoescolioses e diferença verdadeira entre membros), presença de cirurgias torácicas/ abdominais, disfunções neurológicas, alterações na integridade cutânea na região toraco abdominal , alteração vestibular. Para os saudáveis, foram considerados indivíduos saudáveis que não tinham doenças gastrointestinais. A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Aprendizagem e Controle Motor (LACOM), do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no período de outubro de 2018 a novembro de 2019. Para análise estatística, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk para normalidade. Os desfechos foram considerados utilizando intervalo de confiança de 95%. Para a análise intra-grupo das variáveis qualitativas foi utilizado o Kappa e para as quantitativas o ICC. Os resultados na comparação entre os grupos, foram encontrados a restrição de mobilidade do estômago em todas as direções (p<0,02) com exceção da direção anti-horária (p = 0,09). No GG 93% dos indivíduos apresentaram restrição da mobilidade do diafragma.(p = 0,00) com concordância intravaliador excelente. Também foi evidenciado no estudo uma restrição muscoloesquelética na coluna cervical em rotação mais evidente entre C2 e C4 e em assimetria na coluna torácica entre T5 a T9. Logo, indivíduos com gastrite crônica apresentaram maior restrição da mobilidade do estômago e do diafragma, além da maior prevalência da disfunção somática cervical e torácica, comprometendo mais de três vértebras em indivíduos com gastrite crônica, quando comparados aos indivíduos saudáveis.