Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
CUNHA, Flávia Luciana Lôbo |
Orientador(a): |
SIQUEIRA, Gisela Rocha de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33788
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Resumo: |
As alterações do tecido interno do estômago decorrentes da gastrite crônica podem provocar uma restrição de movimentos intrínsecos (motilidade visceral) e extrínsecos (mobilidade visceral), e, consequentemente, comprometer o seu funcionamento. Esta perda dos movimentos fisiológicos do órgão poderá provocar o tensionamento fascial dos tecidos conectores/sustentadores desta víscera que favorecerão a uma retração das estruturas musculoesqueléticas relacionadas, modificando o alinhamento do tronco e da pelve. Além disto, através da ativação do reflexo viscero-somático, alterações vertebrais segmentares podem ser desenvolvidas e ocasionarem restrição da mobilidade global e segmentar do tronco. Desta forma, o objetivo desta dissertação foi comparar a postura, a mobilidade do tronco e a mobilidade vertebral segmentar em adultos com diagnóstico de gastrite crônica e indivíduos saudáveis sem histórico de gastrite. Foi desenvolvido um estudo observacional transversal composto por um grupo caso (GG=41), formado por indivíduos com diagnóstico de gastrite crônica, e um grupo comparação (GC=47), por indivíduos sem histórico/diagnóstico de gastrite. Os dados foram coletados por meio de formulários de informações pessoais, histórico médico e hábitos posturais. Avaliação postural foi realizada por meio da fotogrametria computadorizada com análise dos planos sagital esquerdo (alinhamento do tronco e da pelve), frontal (alinhamento do tronco, alinhamento da pelve e desvio do tronco) e transverso (alinhamento do tronco), assim como a mobilidade global do tronco, através dos movimentos de flexão, extensão, inclinações laterais e rotações. Para as regiões occipital, cervical e torácica foi realizada a avaliação manual segmentar vertebral, tendo sido realizada a análise da mobilidade vertebral, posicionamento da vértebra (posterioridade), densidade tecidual muscular e presença de dor à palpação do processo espinhoso. A avaliação dos dados de postura e mobilidade de tronco foram realizadas polo do software CorelDraw e para análise estatística foi adotado o valor de p < 0,05 e intervalo de confiança de 95%. O GG apresentou maior percentual de alteração postural do tronco com rotação para a direita (80,5%) e desvio à esquerda (68,3%) quando comparado ao GC (53,2% e 36,2%), respectivamente p = 0,020 e p = 0,005. Quanto a mobilidade do tronco o GG apresentou maior restrição para rotação esquerda (52,71°土 15,25) e flexão do tronco (72,71°土 17,85) em relação ao GC (60,49°土 15,52 e 63,91°土 14,35), respectivamente p= 0,020 e p=0,013. O GG apresentou maior restrição da mobilidade segmentar para à esquerda, posicionamento da vértebra com posterioridade à direita, aumento de densidade paravertebral à direita e presença de dor à palpação no processo espinhoso nos níveis vertebrais entre C2-C4 e T6 -T9 (p<0,05). Foi encontrada associação entre a gastrite crônica e a presença de alterações posturais do tronco com rotação para direita e desvio à esquerda, reduzindo também a mobilidade do tronco para flexão e rotação à esquerda, associada a redução da mobilidade segmentar cervical e torácica para esquerda. |