Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
AMARAL, Stefânio Ramalho do |
Orientador(a): |
SANTOS, Selma Leitão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18864
|
Resumo: |
Este estudo teve objetivo de investigar possíveis diferenças no raciocínio argumentativo de estudantes universitários que passaram por três diferentes práticas pedagógicas. O raciocínio argumentativo é compreendido como uma atividade fundamentalmente metacognitiva, realizada através de estratégias como justificação de ideias, antecipação de perspectivas alternativas e contrárias, e réplica a perspectivas divergentes (KUHN, 1991). A especificidade analítica consistiu na comparação de estratégias argumentativas exibidas pelos participantes na reflexão sobre assuntos quotidianos e controversos. A partir de adaptações do roteiro de entrevista proposto por Kuhn (1991), foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais sobre dois tópicos quotidianos, sociais e polemizáveis, sobre os quais os participantes poderiam elaborar suas perspectivas (teorias causais), justificá-las usando evidências, antecipar possíveis teorias alternativas e contra-argumentos, e replicar a estas perspectivas divergentes. Participaram do estudo 15 indivíduos, distribuídos em três grupos, de acordo com as disciplinas cursadas: seis estudantes de uma disciplina que foca a argumentação como mediadora para ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares de psicologia, quatro estudantes de uma disciplina introdutória à lógica e cinco estudantes de um terceiro curso de humanidades, o qual não possui regularmente em sua estrutura curricular práticas com foco específico no raciocínio de estudantes. Os dados foram analisados em dois níveis: identificação, no conjunto de dados, das categorias propostas por Kuhn (1991), e comparação dos grupos quanto a possíveis diferenças nas estratégias argumentativas exibidas pelos participantes na reflexão sobre os tópicos propostos. As análises mostraram que a inserção em disciplinas focadas na melhoria do raciocínio (DIP e DIL) mobiliza no indivíduo uma tendência a refletir sobre os fundamentos (através da elaboração de evidências) e limites de suas ideias (antecipando contra-argumentos e teorias alternativas). Discute-se que fatores como motivação, falta de preparo prévio e conceituações acerca do objetivo central da argumentação (defesa do próprio ponto de vista e consideração de perspectivas alternativas) podem explicar o limitado desempenho observado em algumas competências. |