Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
NUNES, Gabriel Silva de Souza |
Orientador(a): |
PINHEIRO, Ulisses dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51782
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Resumo: |
Bacia Amazônica congrega a maior biodiversidade de espécies de esponjas da Região Neotropical, contudo, apenas duas espécies são conhecidas como esponjas arborícolas e formam congregações massivas nos galhos das árvores: Drulia brownii (Bowerbank, 1863) e Metania reticulata (Bowerbank, 1863). As esponjas arborícolas são abundantes em águas amazônicas, porém, pouco se sabe sobre a história natural desses organismos, sendo as mesmas negligenciadas em programas de monitoramento e conservação nesses ambientes. Sendo assim, estudos desse cunho se caracterizam como pontos de partida para a estruturação do conhecimento desses poríferos. A presença destas esponjas neste ecossistema também é importante para outras espécies de esponjas que as utilizam como substrato, sendo a identificação destes epibiontes uma parte importante da história natural das esponjas arborícolas. Duas importantes questões na taxonomia de poríferos amazônicos são: (a) definir o status taxonômico de D. brownii, espécie que tem sido confundida durante as últimas décadas com Drulia uruguayensis Bnetto & Ezcurra de Drago, 1968, a qual já foi sinonimizada e depois teve seu status de espécie revalidado baseado em caracteres morfológicos duvidosos; e (b) definir o status taxonômico dos espécimes identificados como T. pennsylvanica (Potts, 1882) na Amazônia, uma vez que os espécimes identificados nos EUA e Canadá diferem em suas características dos espécimes amazônicos. Neste sentido se torna necessária a revisão de amplo material identificados como pertencente a ambas as espécies, para resolver a problemática desse complexo de espécies. Foram encontrados seis espécies de quatro gêneros de Poríferos colonizando o esqueleto de D. brownii e três espécies de dois gêneros colonizando M. reticulata. Entre outros organismos, destacamos a presença da briófita Fissidens brachypus Buck & Pursell, 1980 epibionte em D. brownii, ampliando a distribuição dessa briófita que era restrita somente a M. reticulata. A análise taxonômica dos espécimes de D. brownii coletados de diferentes localidades na Amazônia e dos espécimes identificados como D. uruguayensis não revelou diferenças micrométricas entre os tipos espiculares, estabelecendo D. uruguayensis como sinonímia júnior de D. brownii. Resultados distintos foram encontrados para as análises micrométricas de Tubella pennsylvanica, que por meio de imagens dos espécimes tipo cedidas por Paul Collomon da Academia de Ciências Naturais da Universidade de Drexel, mostraram que os espécimes amazônicos possuem dimensões e morfologias espiculares diferentes dos encontrados na América do Norte, assim, consideramos todos os registros de T. pennsylvanica para o Brasil como Tubella sp. nov. O presente estudo realça a necessidade de revisão de espécimes de diferentes localidades da Amazônia a fim de atualizar o status taxonômico das espécies. |