Filme esponjoso de exopolissacarídeo de melaço de cana de açúcar como auxiliar na cicatrização em um modelo de úlcera aftosa em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Teixeira, Fernanda Mossumez Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10601
Resumo: A estomatite aftóide recorrente (EAR) é uma afecção crônica, a qual se caracteriza por episódios recorrentes de lesões ulcerativas em qualquer região da mucosa oral não queratinizada, como língua, assoalho de boca, mucosa labial, jugal, palato mole e orofaringe. As úlceras podem variar em número, dimensão e localização. O tratamento é controverso, devido à incerteza da etiopatogenia da doença. Com o objetivo de analisar a resposta cicatricial de úlceras jugais à barreira mecânica com um curativo de filme esponjoso de exopolissacarídeo de melaço de cana de açúcar (FEEMCA) foi elaborado um estudo experimental, analítico, comparativo e prospectivo, induzindo-se úlceras na mucosa jugal de 20 coelhos adultos, sadios, entre 2,5kg e 3,9kg, divididos em grupo experimental, coelhos que receberam tratamento com o FEEMCA e grupo controle, coelhos que não receberam tratamento. As úlceras foram induzidas por excisão cirúrgica e avaliadas no 3º, 7º e 11º dias após o tratamento, D3, D7 e D11. A avaliação foi feita por meio da curva ponderal, evolução temporal da área de cicatrização, estudo histológico e análise bacteriológica das úlceras. A curva ponderal e o tempo de cicatrização das úlceras não apresentaram diferença estatística significativa entre os dois grupos. No estudo bacteriológico do leito das ulceras, como na cicatrização das úlceras, não houve diferença estatística significante entre as médias dos grupos. No estudo histopatológico do grupo experimental, observou-se hiperplasia epitelial desde o D3 do tratamento, por outro lado, no grupo controle, houve uma maior desorganização celular desde o D3 até o último dia do acompanhamento do tratamento (D11). Observou-se assim que o filme esponjoso de exopolissacarídeo de melaço de cana de açúcar permanece no leito da úlcera funcionando como uma barreira mecânica e pode ser utilizado como auxiliar na cicatrização no tratamento sintomático das lesões ulceradas de mucosa oral, associando-se sua biocompatibilidade ao baixo custo e simplicidade de aplicação.