Entre o dito e o vivido : (auto)formação e atuação da advogada Mércia de Albuquerque Ferreira (1934-2003)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: ARAÚJO, Laila Farias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46443
Resumo: Esta dissertação é fruto de uma pesquisa documental que teve como temática a trajetória formativa de Mércia de Albuquerque Ferreira (1934-2003) que perpassou por regimes políticos autoritários. Considerou-se de maneira mais direta o regime civil militar (1964- 1978) e a atuação da personagem enquanto advogada de presos/as políticos/as. As questões que envolveram a problemática da pesquisa estão atreladas às minhas inquietações sobre a história das mulheres e às características profissionais de Mércia de Albuquerque e foram assim postas: Como ser mulher, profissional e ter atuação destacada em regime político autoritário? Quais foram os elementos que ela teve que arregimentar para ter destaque na carreira e para conseguir aquilo que ela almejou? Quais características a forjaram? A hipótese de trabalho associa o fato de que houve uma abertura social, educacional e também política para que ela fosse formada, mas que a atuação, escolhas e credibilidade em seu meio é fruto de características pessoais e autoformativas. Para o estudo foi tomado como objeto de análise a trajetória (auto)formativa de Mércia de Albuquerque tendo por objetivo geral da pesquisa compreender a trajetória (auto)formativa e o processo de atuação profissional como advogada na promoção dos direitos humanos.Para tanto, foram objetivos específicos: interpretar a (auto)narrativa da mulher no processo histórico, na educação e na política; mapear a trajetória formativa de Mércia de Albuquerque e analisar sua atuação profissional no campo do Direito e da política no regime civil militar. O referencial teórico esteve embasado em Michelle Perrot (2020) e Georges Duby (1987; 1993) que contribuem para a abordagem e tessitura da história das mulheres e François Dosse (2015) que auxiliou na ótica dos estudos biográficos e seus aspectos sociais. A metodologia associou a pesquisa bibliográfica, documental e a metodologia da História Oral e por meio de fontes como documentos escolares; reforma educacional; egodocumentos, como fotos, cartas, discursos, bilhetes e entrevistas com contemporâneos foi possível verificar o percurso formativo da advogada (educação familiar e educação escolar institucionalizada) com os aprendizados advindos da sua rede de relacionamentos e das suas próprias experiências de trabalho no campo dos direitos humanos.