Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
LEÃO, André Felipe Torquato |
Orientador(a): |
ANDRADE, Everaldo Gaspar Lopes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Direito
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26805
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Resumo: |
O estudo tem como objeto a terceirização nas relações de trabalho, avaliando-a como fenômeno do contexto contemporâneo, com a consolidação do ultraliberalismo e a dilapidação do sistema protetivo do Welfare State. Inicialmente, analisa-se as transformações do capitalismo a partir da segunda metade do século XX, de modo a contextualizar a terceirização. Na sequência, são apresentadas as visões da doutrina juslaboralista tradicional, ficando constatado que tais autores se restringem à análise dogmática de enunciados normativos sobre o tema, negligenciando e legitimando o contexto de destruição social do qual o fenômeno é consequência. Em seguida, é abordada a evolução histórica da terceirização no direito positivo brasileiro e em ordenamentos estrangeiros, onde se verifica tendência global de elastecimento da legalização do instituto. Posteriormente, o fenômeno é analisado na teoria jurídico-trabalhista crítica e na teoria social crítica. São trazidas perspectivas complexas e multidisciplinares, para demonstrar que o fenômeno se insere no contexto da dualização do assalariado, como ferramenta de implosão das relações individuais de trabalho e desmantelamento sindical. Por fim, o estudo traz proposições para enfrentamento da problemática representada pela terceirização. A principal proposta baseia-se na reafirmação da luta coletiva como ferramenta de empoderamento da classe trabalhadora. Para atenuar em curto prazo os efeitos devastadores do fenômeno, propõe-se uma hermenêutica estruturante, de modo a possibilitar uma nova compreensão jurídica do instituto, em consonância com o princípio protetor e com a vedação ao retrocesso social. |