Estudo dos efeitos cardiovasculares do óleo essencial do Ocimum gratissimum e de seu principal constituinte, Eugenol, em ratos hipertensos DOCA-sal, acordados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: de Fátima Leal Interaminense de Andrade, Leylliane
Orientador(a): Saad Lahlou, Mohammed
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2225
Resumo: Os efeitos cardiovasculares do tratamento intravenoso (i.v.) com o óleo essencial do Ocimum gratissimum L. (Labiatae) (OEOG) e seu principal constituinte, eugenol (EUG) foram investigados no modelo experimental de ratos com hipertensão induzida por deoxicorticosterona (DOCA-sal). Em ratos hipertensos DOCA-sal e seus controles uninefrectomizados, injeções em bolus de OEOG (1-20 mg/kg) ou EUG (1-10 mg/kg) induziram hipotensão e bradicardia dose-dependentes. O tratamento com DOCA-sal aumentou significativamente as reduções máximas da pressão arterial induzidas por hexametônio (30 mg/kg, i.v.) bem como as respostas hipotensoras induzidas pelo OEOG ou pelo EUG sem afetar a bradicardia. Todavia, o aumento da hipotensão induzida pelo OEOG em ratos hipertensos, não foi afetado pelo pré-tratmento i.v. com hexametônio (30 mg/kg), propranolol (2 mg/kg) ou metilatropina (1 mg/kg). Estes resultados mostram que o tratamento i.v. com OEOG ou EUG reduz a pressão arterial de maneira dose-dependente, em ratos hipertensos DOCA-sal acordados e esta ação é aumentada quando comparada com os controles uninefrectomizados. O efeito hipotensor, parece estar mais relacionado ao relaxamento vascular ativo do que a redução do efluxo do tônus simpático para os vasos. Para corroborar esta hipótese, foram estudados os efeitos vasculares do OEOG e seu principal constituinte, EUG , e os possíveis mecanismos envolvidos nestes efeitos. Em preparações de aorta isolada, de ratos hipertensos DOCA-sal com endotélio, pré-contraídas com fenilefrina, o OEOG (1-1000 μg/mL) e EUG (0,006-6 mM) induziram relaxamento similar com valores de IC50 (média geométrica ± 95% intervalo de confiança) de 226,9 [147,8-348,3] μg/mL e 1,2 [0,6-2,1] mM, respectivamente. O efeito vasorrelaxante do OEOG foi significativamente reduzido pela remoção do endotélio (IC50 = 417,2 [349,5-497,8] μg/mL). Em meio livre de cálcio, as contrações induzidas por Ca2+ foram significativamente reduzidas e abolidas por concentrações de 300 e 1000 μg/mL de OEOG respectivamente, enquanto a concentração de 1000 μg/mL não teve efeito significativo sobre as contrações induzidas por cafeína. Resultados similares foram obtidos com o EUG (1,8 e 6 mM) tanto na contração induzida por CaCl2 quanto naquela induzida por cafeína. Os dados sugerem que em ratos hipertensos DOCA-sal a resposta hipotensora para o OEOG é principalmente devido a um relaxamento vascular ativo, o qual é parcialmente dependente da integridade do endotélio vascular e parece ser predominantemente mediado por uma inibição do influxo do Ca2+ plasmático do que por uma inibição da liberação do Ca2+ do retículo sarcoplasmático induzindo por Ca2+. Seria de grande interesse estudar os efeitos cardiovasculares do OEOG e de seu principal constituinte EUG, em outro modelo de hipertensão como SHR