Avaliação do efeito dos óleos essenciais de Ocimum Gratissimum e Mentha x Villosa em linhagem de células de adenocarcinoma humano de pulmão: citotoxicidade, ciclo celular e produção de TGF- β1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Erick Esteves de lattes
Orientador(a): Ferreira, Ana Paula lattes
Banca de defesa: Souza, Maria Aparecida de lattes, Castro, Juciane Maria de Andrade lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/224
Resumo: Ocimum. gratissimum L. e Mentha x villosa Huds. são duas plantas aromáticas que são amplamente utilizadas no Brasil e em outros países tanto para fins terapêuticos, como na culinária. Diversas atividades farmacológicas já foram descritas para essas duas plantas e para os componentes majoritários de seus óleos essenciais, Eugenol e Óxido de Piperitenona, respectivamente. Porém ainda há a carência de estudos sobre a atividade antiproliferativa desses óleos essenciais sobre linhagens tumorais e as implicações desses compostos sobre a produção de TGF-1, uma citocina que, em tumores já estabelecidos, apresenta efeito pró-tumoral. Esse estudo visa avaliar os efeitos dos tratamentos com os óleos essenciais de O. gratissimum e M. x villosa, sobre uma linhagem de adenocarcinoma humano de pulmão produtora de TGF-1. Métodos: A viabilidade celular foi avaliada através do ensaio de MTT em linhagens de células (A549 e J774 A.1) e em macrófagos intraperitoneais tratados com 5 a 200g/mL, por 48h. O efeito dos óleos essenciais sobre o ciclo celular foi avaliado através de marcação com iodeto de propídio e quantificação das fases de ciclo celular por citometria de fluxo. A quantificação de células em SubG1 foi utilizada como parâmetro para avaliação de apoptose, que foi confirmada através da marcação de TUNEL. A produção de TGF-1 foi avaliada por ELISA. Resultados: Os dois óleos essenciais reduziram a viabilidade da linhagem celular A549 (IC50: OG:160g/mL / MV:117g/mL), os tratamentos também induziram parada do ciclo celular em S com 24h de tratamento (controle: 12,31±0,89 / OEOG: 15,70±1,15 / OEMV: 23,35±0,75) efeito já registrado para eugenol. Também houve aumento do percentual de células em SubG1 (controle: 15,05±0,71 / OEOG: 91,94±1,71 / OEMV:24,62±1,06), indicando aumento da fragmentação de DNA, um dos sinais de apoptose, que foi confirmado pelo aumento da mediana de fluorescência na marcação de TUNEL (controle:59.1±3.4 / OEOG:68.6±3.7 / OEMV:75.3±15.7). Houve redução da produção de TGF-1 nas concentrações não letais dos óleos essenciais (10 e 50g/mL). Conclusões: Esses dados demonstram o potencial indutor de apoptose e de parada de ciclo celular, desses óleos essenciais para o tratamento de tumores, sobretudo aqueles caracterizados pela produção de TGF-1, citocina importante para a sobrevivência e proliferação de células tumorais. Contudo, essa citocina desempenha papéis importantes na homeostase do organismo, e por isso são necessários estudos que avaliem o efeito sistêmico desses óleos essenciais.