Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa de |
Orientador(a): |
SCOTT, Russell Parry |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52224
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Resumo: |
Esta tese descreve formas de vida de “mudas”, “mudos” e ouvintes a partir de atos de cuidados produzidos ao longo do tempo. Inicialmente, aborda eventos político-sociais transnacionais e a história brasileira, relacionados ao processo de formação de Estado nação, em que a pessoa “muda” foi enlaçada, resultando em estigmatizações, assujeitamentos e formas de tutela. A atribuição depreciativa de “doido/doida” que “mudos/mudas” recebem no cotidiano é uma categoria analisada concretamente de como se conjugam ou se invertem na vida social local e extralocal, em diferentes tempos. Seguindo Veena Das, as narrativas, as classificações e as memórias mais íntimas elaboradas na vida doméstica são também políticas e históricas. Nesse sentido, as histórias pessoais e familiares, vistas através dos discursos e das práticas de cuidados, se conectam às formações políticas mais amplas das quais fazem parte, entendidas como “comunidades morais”, no sentido de Turner. A partir de reflexões etnográficas e sócio-históricas, examina como estas questões se cruzam em corpos que não são genéricos. Os corpos de “mudas”, “mudos” e ouvintes falam sobre doenças, deficiências, pobreza, protagonismos, famílias, gênero, geração, migração, relações de poder, estratégias de sobrevivência, instituições estatais e cuidados público e privado. Os cuidados inscritos e embebidos no movimento da vida são tecidos numa coprodução instável e contínua com estas categorias, que não são fixas. As ambiguidades das práticas e atribuições de cuidar cotidianamente, como as que envolvem atenção, negociação, afeto, conflitos, dinheiro, tempo, divisão do trabalho e dificuldades, são coconstituídas pelas linhas das correspondências e discordâncias das expectativas sociais do gênero, da geração, dos corpos, da classe, das instituições do Estado e dos códigos familiares. Os custos e os valores do (não) reconhecimento das diversas formas de produção de “cuidar de si e do outro” se visibilizam, tornando-se temas de reverberação política sócio-histórica e de discussões sobre experiências de desigualdades. |