Estudo químico de flores visitadas por abelhas do Sertão paraibano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CABRERA, Sonia Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Quimica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36719
Resumo: A região semiárida do Nordeste Brasileiro é rica em espécies vegetais endêmicas e principalmente abelhas nativas. Os insetos e as flores coevoluíram com benefícios para os dois lados. No caso das abelhas, visitantes florais especializados, essa troca é obrigatória, pois as abelhas obtêm todo o seu alimento das flores, as quais se beneficiam desta interação produzindo frutos com maior diversidade genética. O presente trabalho teve como objetivo estudar as flores visitadas por abelhas do sertão Paraibano. As flores foram extraídas com solventes orgânicos e analisadas por UPLC-DAD-ESI-TOF-MS/MS e submetidas aos testes antirradicalares. O perfil químico foi obtido para as espécies vegetais: Croton heliotropiifolius, C. blanchetianus, Aspidosperma pyrifolium Mart, Combretum leprosum Mart, Mimosa tenuiflora (Willd) Poir, Geoffroea spinosa Jacq, Boerhavia diffusa L, Cleome spinosa (Jacq.) Raf. e Jatrohpa mollissima (Pohl) Baill. As frações acetato de etila de C. heliotropiifolius e C. blanchetianus e a fração alcaloidal de A. pyrifolium foram submetidas ao fracionamento cromatográfico para o isolamento das principais substancias. De C. heliotropiifolius e C. sonderianus foram isolados e identificados os flavonoides rutina, hiperina, quercitrina, isoquercitrina, canferol-6"-O-p-coumaroil-3-O-β-D-galactosideo, tilirosídeo e 3’-metoxi-tlirosídeo. De C. sonderianus foram isolados ainda 3,7-dimetoxi-quercetina e 3,7,3’-trimetoxi-quercetina. Da fração alcaloidal das flores de A. pyrifolium foram isolados os alcaloides indólicos pirifolina, 15-metoxi-N-formilaspidofractinina (alcaloide inédito), aspidospermina e 15-metoxi-aspidospermina. As estruturas das substancias foram estabelecidas por RMN de 1H e 13C, incluindo 2D, e HR-ESI-MS. A atividade antirradicalar foi observada em todos os extratos das flores, destacando-se C. heliotropiifolius, C. blanchetianus, B. diffusa J. molissima. As espécies vegetais apresentaram em comum flavonoides glicosilados e todas mostraram a presença de outras substancias que são comuns para os gêneros. Este trabalho contribui para o conhecimento da constituição química das flores visitadas por abelhas na região da Caatinga, Nordeste do Brasil.