Óleos essenciais de Croton adamantinus Müll. Arg. e C. grewioides Baill. (Euphorbiaceae): composição química e atividades antibacteriana e antioxidante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Maira Honorato de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25510
Resumo: As plantas oferecem diversos compostos que podem produzir diferentes efeitos sobre organismos animais. Os óleos essenciais são frações voláteis naturais que conferem aromas percebidos em algumas espécies vegetais e que tem despertado um interesse considerável para utilização medicinal por todo mundo em virtude de sua complexa composição e seus efeitos farmacológicos, tornando-os potenciais fontes para o desenvolvimento de novas drogas. Muitas espécies do gênero Croton L. têm sido utilizadas na medicina tradicional e suas atividades farmacológicas demonstradas. Croton adamantinus Müll. Arg. e C. grewioides Baill., Euphorbiaceae, são arbustos encontrados na flora do nordeste brasileiro. Os óleos essenciais (OE) de folhas destas espécies foram testados contra oito bactérias e sua atividade antibacteriana avaliada quanto à concentração mínima inibitória (MIC) e concentração mínima bactericida (CMB), além de ter sido testada a atividade antioxidante de acordo com sua habilidade em estabilizar o radical livre DPPH e dosado o conteúdo de fenóis totais expresso em equivalente de Ácido Gálico (EGA). Seus constituintes químicos foram determinados por análises em GC/MS, identificando 88,36% da composição total do óleo essencial de C. grewioides e 86,24%, de C. adamantinus. Foram detectados 3 compostos majoritários (β-caryophyllene, (+)-sativene, 2,3-dimethyl-1,3-heptadiene) na composição química do óleo essencial foliar de C. grewioides, enquanto que 4 (Germacrene D, Germacrene B, Spathulenol) foram detectados em C. adamantinus. O OE de C. grewioides foi capaz de inibir três das oito bactérias testadas. Bacillus subtilis (2.34 μl/mL), Staphylucoccus aureus (18.75 μl/mL) e S. sapophytica (12.50 μg/mL), enquanto teve ação bactericida apenas sobre S. sapophytica e Bacillus subtilis, com CMB= 50 μg/mL e 31.25 μg/mL, respectivamente; e apresentou atividade antioxidante com EC50= 3.09 mg/ml, enquanto que C. adamantinus foi capaz de inibir o crescimento de Bacillus subtilis (0.78 μl/mL), Staphylucoccus aureus (1.56 μl/mL), e Salmonella Enteriditis (75 μl/mL), enquanto apresentou atividade bactericida para Staphylucoccus aureus (CMB= 31.25 μl/mL) e para Bacillus subtilis (CMB= 3.12 μl/mL) e apresentou atividade antioxidante baixa em relação a atividade apresentada por C. grewioides com EC50= 130.76mg/ml. Porém, essas espécies apresentaram uma boa quantidade de conteúdo fenóis totais, 269.86 ± 0.923gEGA/100gDW para C. grewioides e 265.69 ± 2.88gEGA/100gDW para C. adamantinus. Considerando o potencial bioativo demonstrado pelos OE’s podes-se inferir a importância destes para o uso terapêutico.