Efeito antidiabético e hipolipidêmico do extrato etanólico bruto de Spondias tuberosa Arruda em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BARBOSA, Humberto de Moura
Orientador(a): LIRA, Eduardo Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28239
Resumo: O diabetes mellitus (DM) é um dos principais distúrbios metabólicos que afeta, atualmente, 415 milhões de pessoas no mundo, com perspectiva deste número atingir cerca de 640 milhões em 2040. É caracterizado pela hiperglicemia resultante da deficiência da produção e/ou resistência à insulina, cuja progressão é complexa e envolve diferentes fatores, como a inflamação e o intenso estresse oxidativo, que estão diretamente associados ao aumento das comorbidades diabéticas e alta mortalidade dos pacientes. Infelizmente, a terapia farmacológica atualmente empregada é limitada por seus efeitos adversos e sua ineficiência na prevenção das complicações do DM, como a dislipidemia e as doenças cardiovasculares, o que tem motivado o desenvolvimento de novos agentes hipoglicemiantes. Neste contexto, o uso de produtos naturais como fonte para obtenção de novas alternativas terapêuticas para o combate ao DM e suas comorbidades é estratégico. Dentre estas espécies, a Spondia tuberosa Arruda, Anacardiaceae, popularmente conhecida como umbu, é uma espécie nativa da Caatinga, endêmica do semiárido brasileiro utilizada como alimento, fonte de renda e na medicina popular, no tratamento de diferentes patologias, dentre elas diabetes. Diante desse contexto, os possíveis efeitos antidiabético e hipolipemiante do extrato etanólico bruto da casca de Spondias tuberosa (EEBStc) foram investigados em ratos. O DM foi induzido por estreptozotocina (STZ, 40mg/Kg, i.v.) em ratos Wistar machos (~180g). Após a confirmação do diabetes, os animais foram tratados por via oral durante 21 dias com o EEBStc (250 e 500mg/Kg, v.o.). Parâmetros metabólicos e bioquímicos foram analisados diariamente e ao final do período experimental. O tratamento com o EEBStc (500mg/kg) reduziu a hiperglicemia, assim como a poliúria, polidpsia, polifagia, a perda ponderal, a diurese, a excreção urinária de glicose e ureia, bem como reduziu processos catabólicos (proteólise e lipólise) em ratos diabéticos. Além disso, atenuou a hipertrigliceridemia e os elevados índices de VLDL e a hepatotoxicidade em ratos diabéticos. O grupo tratado com EEBStc (500mg/Kg) também melhorou a tolerância oral à glicose e o conteúdo de glicogênio hepático em ratos diabéticos. Portanto, o presente estudo sugere que o tratamento com o EEBStc, pode exercer efeitos antidiabético, hipolipemiante e hepatoprotetor em ratos.