Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Elda Silva Augusto de |
Orientador(a): |
FERREIRA, Guilherme Assunção |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51659
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Resumo: |
O exercício intervalado de alta intensidade (EIAI) é amplamente utilizado para melhora da aptidão física. Sua prescrição consiste em manipular diferentes variáveis, tais como a intensidade, duração do esforço, tipo de recuperação, entre outros. Particularmente, a amplitude da duração da recuperação pode afetar as respostas fisiológicas durante o EIAI, no entanto, o efeito da amplitude da duração da recuperação sobre o desenvolvimento da fadiga não foi completamente explorado. O presente estudo investigou o efeito da amplitude de recuperação durante exercício intervalado de alta intensidade sobre a fadiga avaliada através da queda do desempenho no salto contramovimento induzida pelo exercício após uma sessão de EIAI. Neste ensaio randômico e cruzado, onze homens fisicamente ativos (média ± DP) idade 25,1 ± 3,9 anos; estatura 177 ± 6 cm; massa corporal 81,4 ± 8,4 kg; pico de potência de saída de 239 ± 15W; FCpico189 ± 6 Bpm e V̇ O2pico 36,5 ± 6,5 m/kg/min, realizaram duas sessões de EIAI com diferentes amplitudes de recuperação: 1 – EIAI com amplitude de recuperação longa (4 x 4 minutos a 90% FCpico, 3 minutos de recuperação a 50% FCpico, EIAI4x4/3), e 2 – EIAI com amplitude recuperação curta (4x 4minutos a 90% FCpico, 2 minutos de recuperação a 50% da FCpico - EIAI4x4/2). Imediatamente antes e 30 segundos após o exercício, os participantes realizaram um salto contramovimento (SCM) para avaliação da função neuromuscular. A percepção subjetiva de esforço (PSE), a frequência cardíaca (FC), o consumo de oxigênio (V̇ O2), a saturação periférica de oxigênio (SpO2) foram continuamente monitorados durante o EIAI. O lactato plasmático e o pH sanguíneo foram medidos imediatamente antes e dois minutos após o exercício. A altura, tempo de voo, velocidade de saída, força do salto e potência do salto diminuíram de pré para pós exercício (p < 0,05) independente da condição, mas a magnitude de queda no desempenho foi maior no EIAI4x4/2 (-19 ± 3, -10 ± 15, -10 ± 9, -10 ± 8 e -19 ± 9%, respectivamente, p < 0,05) do que no EIAI4x4/3 (-7 ± 26, -4 ± 25, -4 ± 28, -4 ± 8 e -7 ± 1%, respectivamente, p < 0,05). A concentração de lactato plasmático final foi maior na condição EIAI4X4/2 do na condição EIAI4X4/3 (p < 0,05). O pH sanguíneo diminuiu de pré para pós exercício em ambas as condições EIAI4X4/3 e EIAI4X4/2, no entanto, o pH após o exercício foi menor na condição EIAI4X4/2 do que na condição EIAI4X4/3 (p < 0,05). A PSE aumentou similarmente através do exercício em ambas as condições (p < 0,05). A FC e o V̇ O2 durante o exercício foi maior (p < 0,05) na condição EIAI4x4/2 do que na condição EIAI4x4/3. A SpO2 média durante o exercício foi menor na condição EIAI4x4/2 do que na condição EIAI4x4/3 (p < 0,05). Os achados deste estudo sugerem que reduzir a amplitude de recuperação aumenta o estresse fisiológico e metabólico, sem aumentar a PSE durante o exercício, causando mais fadiga, sugerindo que protocolos de EIAI submáximos desenhados para causar maior estresse cardiorrespiratório devem considerar a quantidade de fadiga causada por este tipo de protocolo. |